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domingo, 9 de outubro de 2011

Muitas pessoas não sabem explicar fibromialgia



Uma pesquisa indicou que 63% dos brasileiros diagnosticados com fibromialgia não sabiam como descrever os sintomas ao médico. Cerca de 70% dos que receberam diagnóstico nunca haviam ouvido falar da enfermidade. E ainda segundo o trabalho, não só os pacientes desconhecem a enfermidade, os médicos também.

A doença, que acomete mais mulheres do que homens, é caracterizada por dores generalizadas pelo corpo todo de no mínimo três meses de duração. Também conhecida como “dor de todo dia”, pode provocar alteração de sono, fadiga, ansiedade e depressão.


Realizada pelo instituto Harris Interactive, a pesquisa ouviu 904 pessoas — 604 médicos e 300 pacientes — em três países — Brasil, México e Venezuela.

Outro dado da pesquisa mostra que os pacientes chegam a consultar mais de sete médicos até receber o diagnóstico e leva cerca de 4,7 anos para ser identificada no país.

O reumatologista Eduardo Paiva, chefe do Ambulatório de Fibromialgia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná, explica que está tudo na cabeça. O problema é causado pela sensibilização do sistema central da dor. A dor crônica leva a uma resposta emocional diferente da dor aguda, que ativa áreas de desprazer no cérebro, explica.

Outro dado da pesquisa mostra que os pacientes chegam a consultar mais de sete médicos até receber o diagnóstico. Segundo Eduardo Paiva, os pacientes esperam os sintomas se tornarem prejudiciais à qualidade de vida até consultarem um médico.

O reumatologista orienta que é preciso ficar alerta aos sinais da doença, como dor generalizada, dor articular e cefaleia. E mais, caso o paciente tenha uma dor que não passa durante três meses, deve procurar um médico.

O problema pode ser tratado por reumatologistas, neurologistas, psiquiatras e especialistas em dor.

A fibromialgia não tem cura, mas a prática regular de exercícios moderados pode controlar as dores.

A enfermidade atinge cerca de 2,5% dos brasileiros, sendo que entre 80% e 90% são mulheres.

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