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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Que têm de especial os músculos?



Já pararam para pensar o que poderá ser aquela massa elástica enorme que cobre todo o sistema muscular?
Esse tecido chamado fáscia profundis está por todo o lado, repito, por todo o lado.
Em certos locais cobre o músculo de forma tão perfeita como uma película transparente a lembrar a pele que envolve os frangos de supermercado. É algo mais do que uma capa que ajuda a manter os ossos e os músculos no seu lugar. A sua força de tensão, só por si, consegue gerar mais força. A relação entre o músculo e esta capa de "neoprene"(tecido conjuntivo,fascia profundis)é nada mais nada menos do que uma série de linhas retas e espirais, que vão desde os pés ao rosto e daì novamente até a planta dos pés. Logo a partir desta visualização, é fácil de ver que o ângulo de posicionamento da pélvis, poderá influir na força que podem exercer os arcos plantares. Desta forma, também os polegares estão ligados através desta massa elástica ao peitoral.Veja-se as pessoas que digitam no teclado do computador com postura encurvada. Pois....

A tecnologia demorou um pouco a acompanhar a teoria da fáscia, mas em 2007 os investigadores aplicaram sensores de ultra sons a fisioculturistas enquanto efetuavam o seu movimento de levantamento do peso, mais concretamente erguendo- se a partir da posição de cócoras levantando o peso.
Seria de esperar que as fibras musculares encurtassem, os músculos da perna puxassem o tendão de aquiles, e que, a fáscia permanecesse passiva.
A faixa retrai- se permitindo ao indivíduo gerar mais força. Por outro lado para apanhar uma bola com uma raqueta, o tamanho dos músculos parece não ser o mais importante. O mais importante é o alargamento de amplitude do movimento da fáscia para obtenção de um melhor impacto.


E com isto não será mais importante a postura do que propriamente gerar mais e mais músculo?
Segundo o Dr Robert Schleip , a fáscia não é apenas uma amálgama de cabos elásticos, mas está formada por orgãos sensoriais reais com terminações nervosas. Reage ao que a envolve criando em ùltima instância a chamada compensacão estrutural.
É que cada movimento que fazemos é uma experiência fisica ,ou seja, se tecla com os ombros para a frente enquanto flexiona o pescoço, converte-se num hábito. Todos os hábitos agrupam-se e formam a postura, e ao longo do tempo a postura converte- se em estrutura. A fáscia é como um cão obediente. Uma vez formada a postura, permanece fiel a ela. O puxão da fáscia está tão integrado nos seus movimentos, que pelo menos a curto prazo é improvável reprogramar toda a estrutura de modo a obter postura mais saudável. .

Qual a razão porque os músculos por vezes não relaxam?

Primeiro de tudo temos de ver o que é que guia os músculos. O sistema nervoso. Ele é quem dá por assim dizer, as ordens de comando, e os músculos apenas seguem essas diretivas consoante a situação.
No entanto, isto não quer dizer que os músculos não possam ter os seus problemas. Há uma forte correlação entre o número de anos em que a pessoa ou atleta pratica o desporto, e a quantidade de adesões e tecido cicatricial que está presente. Quantos mais anos o corpo é forçado e puxado no treinamento, mais micro roturas e pequenas lesões terá.
Neste tipo de situação, os músculos irão responder muito bem a aplicação de técnicas de alongamento e terapia neuromuscular .

Agora quanto ao sistema nervoso, existem duas áreas diferentes que o dividem. São eles o sistema simpático e o parassimpático.
O simpático está relacionado com reações de auto defesa, medo ou adrenalina. O parassimpático por sua vez, reage e despoleta o relaxamento e o descanso.
Posto isto, o sistema simpático aquando estimulado irá aumentar a tensão muscular em preparação para um potencial acontecimento ou evento estressante. Esta é a razão pela qual o músculo não relaxa.

E o o que estimula o sistema simpático?

Preocupação, ansiedade, medo, alergias alimentares, deficiências nutriocionais, problemas no estomâgo...

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Spa Week- Massagem para Esportistas




Spa Week- Massagem para Esportistas

Todo atleta profissional usa a massagem como parte de seu treinamento. Para os amadores também pode contribuir muito na recuperação dos tecidos musculares, aliviar a tensão dos treinos ou das provas e até na recuperação de lesões.

O Spa Torí desenvolveu uma série de massagens voltadas para quem pratica esportes regularmente.

São massagens específicas para a fase que está vivendo no seu treino e também para cada tipo de esporte: corrida, ciclismo, musculação, natação,...

Os benefícios são percebidos no próprio desempenho, além de ajudar na recuperação muscular e, eventualmente, até de lesões leves. O Spa Week é uma ótima ocasião para experimentar esse serviço.

Preço Normal: R$129,00

Preço Promocional: R$70,00

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pontos de dor ( Pontos gatilho)



O QUE SÃO?
Estes pontos de dor muscular caracterizam-se como sendo regiões sensíveis em bandas musculares contracturadas ou tensas, que produzem dor referida em áreas musculares distantes ou adjacentes. Esta dor pode originar-se em um único músculo, ou até em vários gerando alguns padrões de dor complexos e variáveis.
Trauma e micro trauma, infecção ou inflamação muscular devido a patologia de base, alterações posturais com discrepância de membros, esfriamento de músculos fatigados, isquémia, lesões de ligamentos e articulações, deficiência de vitaminas (C) e alguns minerais, taxa metabólica baixa, stress emocional, fadiga geral, falta de descanso etc. Estas são algumas das condições que podem facilitar a irritação dessas bandas musculares.

"Ponto dolorido em área especifica da banda muscular, acompanhado de restrição de alguns graus de amplitude de movimento". Eis uma definição bastante simples e direta para este gênero de dor que aliás, uma boa parte da população já experimentou, sente no presente, ou irá sentir em algum dia das suas vidas.

O ponto gatilho caracteriza-se por ter baixa resistência e pela sua alta sensibilidade em relação a outras áreas do corpo.
O ponto em forma latente não causa dor, mas pode tornar-se ativo por qualquer evento relacionado com stress, ou trauma provocando dor local ou reflexa. Isto é, em áreas musculares mais distantes da zona afetada.
Durante este processo de dor e desconforto, gera-se um alto gasto energético e consequente colapso da micro circulação local. (défice de oxigenação) Este processo vai refletir-se na sensação de cansaço da pessoa, desgaste físico e mental.

É um processo que requere alguma arte por parte do profissional que o está a executar.
Passa principalmente por palpação e testes de amplitude de movimento . Quando encontrado o ponto ou origem da dor referida , em simultâneo com a expiração, efetua-se pressão progressiva com o polegar/indicador sobre o ponto ou banda contracturada no sentido de mobilizar e alterar a forma. Esta técnica vai ajudar a aliviar o bloqueio do tecido, e logo após a sua concretização, dar-se-á lugar a uma maior afluência de sangue com os nutrientes necessários para suprimento e oxigenação da zona envolvida.(Desbloqueio e descongestionamento)

Durante este processo, o sistema nervoso apercebe-se de uma exacerbação da dor já existente, e em defesa,atravé de neurotransmissores, aciona a produção de endorfinas para aliviar a área envolvida. Este processo químico vai gerar relaxamento físico e psicológico por parte do paciente.
Logo após o tratamento da zona, é conveniente a execução de alongamentos passivos para o ganho do tamanho normal do músculo .

É de frisar que esta abordagem embora eficaz no momento de execução, algumas vezes, não vai evitar que esses pontos de dor voltem de novo a estar ativos mais tarde. O problema de raiz é, e será sempre a deficiência da postura que vai alimentar tensões e desequilíbrios na camada de tecido conjuntivo, que envolve todo o sistema muscular, ósseo e tendinoso. A par com técnicas acima descritas, o ato de visualizar esses "puxões"(tensões) no tecido e provocar a sua mobilização e aumento de elasticidade, é de extrema importância para eliminar os ciclos de dor e reprogramar a estrutura para um novo alinhamento.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Piscina com gelo e massagem suave



Após uma prova extenuante de corrida nada de massagens fortes para relaxar os músculos.


Os especialistas no esporte alertam que essa prática pode transformar as microtraumas ocasionadas pelo esforço em macrotraumas. O recomendado após uma prova de corrida é que o esportista mergulhe em uma piscina com água e gelo por oito a 12 minutos. Quando se entra ou anda dentro dágua, a pressão que esta exerce contra o corpo auxilia o retorno do sangue, ajudando a relaxar as pernas e a eliminar as toxinas.


Outra dica é andar de bicicleta por 30 minutos. O rolar das pernas ajuda na recuperação. Quanto a hidratação após a prova, o ideal é substituir a água pelos isotônicos, mais eficientes para repor os nutrientes perdidos.


Por Carolina Abranches

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Postura X Dor




O que é uma boa postura?

A boa postura além de melhorar a aparência, reflete todo o aspecto dinâmico do nosso corpo como estrutura integrada. Sem ela a saùde geral pode ser afetada a vários nìveis. A longo prazo má postura vai-se refletir em vários sistemas do organismo, cansaço, dor, desconforto, défice de amplitude de movimento. Isto sem contar com os problemas de digestão deficiente, má respiração,problemas nas articulações ligamentos e músculos. Tudo isto é claro, vai refletir-se no aspecto psicológico dando origem a estados de irritação, stress emocional, falta de auto estima etc.

Boa forma e boa postura muitas vezes não estão ligadas, porque grande maioria das pessoas que busca a boa forma negligencia a postura que devem assumir quando da prática dos seus exercícios. Postura correta por si só é boa forma, porque permite ao corpo assumir as mais diversas atividades e tarefas com mais eficácia e bom desempenho sem dor e desconforto.

Nos dias de hoje a sociedade em geral é mais afetada com todos estes problemas devido á permanência em frente à televisão, trabalhos sedentários e diante de computadores, mais tempo a conduzir o carro e consequentemente mais acidentes e lesões de todo o género.

A boa postura é no geral esquecida já que as posturas adotadas já são de alguma forma assumidas como normais sem com isto haver uma consciência dos problemas que acarreta.
Postura perfeita é quando os pontos estão perfeitamente alinhados entre os olhos ,queixo, clavícula,externo, área púbica e ponto médio entre os tornozelos.
É importante que de perfil se denote as três curvas da coluna.

No plano sagital(de frente) os quadris e os joelhos devem estar alinhados assim como a cabeça não pender para um dos lados. Como o corpo funciona como um harmônio, qualquer desalinhamento vai provocar puxões como se de um sistema de cabos se tratasse.
Esses puxões vão refletir dor e desconforto em àreas adjacentes e até distais.

Temos a famosa postura sentado/a arqueada em que o individuo curva as costas, consequentemente comprimindo os orgãos, originando mais trabalho para o coração e pulmões, além de que vai interferir para o bom funcionamento dos nervos que enervam os orgãos.

Portanto com isto já conseguimos obter uma boa panorâmica do que se passa a nivel de estrutura.
É de extrema importancia ter em mente de que o exercicio regular fortalece músculos permitindo a estes estar mais bem preparados para manter uma boa postura durante as mais diversas atividades evitando a assim dor e irritação.

domingo, 25 de setembro de 2011

A Massagem como parte integrante do tratamento da Lesão Medular



Com benefícios comprovados em vários sistemas do corpo humano, a massagem é agora analisada como um meio fundamental para o trabalho de reabilitação em pacientes com lesões medulares – Sistema Nervoso.

São várias as causas que podem provocar traumatismos na medula espinal, localizada no canal raquidiano. Os acidentes de viação, sejam eles de automóvel ou de moto, são, sem dúvida, os principais responsáveis por este tipo de trauma. Além destes, encontram-se entre as principais causas, os acidentes de trabalho ou desportivos.

Existem diversos tipos de lesão medular, com características e limitações específicas. O tipo mais comum, e menos grave, é a comoção medular – inflamação da medula, causada por movimentos bruscos, e com manifestações reversíveis; a contusão medular é mais grave, pois é responsável pela destruição de tecido nervoso, originando problemas irreversíveis; e a laceração medular, com ruptura da medula e perda irreparável das funções nervosas abaixo do ponto de lesão.


Estudo de caso

Nome: Jaime Miguel Pardal Ambrósio
Idade: 31 anos
Patologia: Paraplegia e tetraplegia incompleta com nível 2 na escala de Ashworth
Causa: Acidente de viação com moto.

O paciente sofreu, em 2009, um acidente de viação do qual resultou uma tetraplegia incompleta, com fracturas da C6 e C7, e uma paraplegia incompleta, com fracturas da D6, D7 e D9, com foco de contusão medular.

Foi sujeito a um tratamento de reabilitação intensivo, no Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, em São Brás do Alportel, a fim de recuperar as capacidades motoras.

Em que consistiu o seu tratamento?
“Fui sujeito a programa de fisioterapia, com sessões de electroterapia, massagem com alongamentos posteriores e hidroterapia.

Diariamente e após sessão de fisioterapia, era feita sessão de massagem com o intuito de alongamento muscular e relaxamento, a fim de evitar e combater a hipertonia e hiper-reflexia resultante da lesão medular.”

O tratamento e recuperação dos pacientes são definidos caso a caso, de acordo com as necessidades específicas de cada indivíduo, tendo como objectivo evitar contraturas e atrofias musculares, procurando sempre uma total recuperação das funções alteradas e melhoria da qualidade de vida.

A massagem é utilizada diariamente para auxiliar na recuperação de pacientes com estes tipos de lesão medular, sendo a pressão suave ou mais profunda, com ou sem alongamentos associados, mas sempre com o propósito de diminuir a dor, melhorar a circulação local e eliminar toxinas. Trata-se de movimentos suaves e rítmicos, baseados em deslizamentos e amassamentos de toda a massa muscular. O alongamento passivo é muito útil mas deve ser feito cuidadosamente, de modo a não alongar completamente o músculo, o que poderia causar contracção reflexa.

A hidroterapia fazia parte do seu tratamento?
“Sim, eram feitos exercícios em piscina que estimulavam a coordenação motora, como havia um enorme défice de massa muscular a hidroterapia facilitava o movimento e ao mesmo tempo evitava lesões articulares.”

A hidroterapia é uma importante ferramenta da fisioterapia, e fundamental para o desenvolvimento motor nestes casos.
As suas funções físicas foram recuperadas na totalidade?
“Não, actualmente sofro de Marcha Espástica.”

Que tipo de terapia faz atualmente?
“Actualmente faço trabalhos de ginásio para aumento de massa muscular, juntamente com sessões de alongamentos para combater a espasticidade.”

A espacidade apresenta diversas variações e complicações, sendo, de um modo geral, caracterizada pela hipertonia dos músculos, causando movimentos rígidos e descoordenados.

O paciente ficou com incapacidade a nível da marcha, denominada de Marcha Espástica – movimentos rígidos das pernas.

A massagem é, nestes casos, aplicada não só para melhorar as condições físicas, como também a nível de relaxamento, evitando contraturas causadas pela intensidade dos tratamentos e pelo stress, tendo ainda um valor emocional de grande importância.

Após os tratamentos, a presença da massagem na vida destes pacientes poderá ser bastante benéfica, pois apesar do alivio ser momentâneo, o seu efeito também é cumulativo.

Pós-Graduação : MASSAGEM E TÉCNICAS CORPORAIS CONTEMPORÂNEAS

Pós-Graduação MASSAGEM E TÉCNICAS CORPORAIS CONTEMPORÂNEAS
Carga Horária: 360h

Público-Alvo: graduados na área da Saúde

Disciplinas/Conteúdo
• Cinesiologia e Fisiologia Aplicada
Anatomocinesiologia
Fisiologia sistêmica
Neurofisiologia (meditação)
• Avaliação (Corporal, Postural e Psicológica)
Avaliação corporal
Avaliação psicológica
Avaliação postural
• Técnicas de Massagem
História antiga e moderna
Massagem chinesa tradicional
Antiestresse relaxante
Preventiva
Modeladora/redutora
Desportiva
• Técnicas Corporais Contemporâneas
Drenagem linfática
Musicoterapia
Manipulação vertebral
Técnicas de polarização e reiki
Shiatsu
Reflexologia podal e auricular
Técnicas de relaxamento e consciência corporal

Núcleo Comum
• Metodologia da Pesquisa (total ou parcialmente a distância)

Corpo Docente
Prof. Dr. Aylton Figueira Jr.
Prof. Dr. Paulo Marchetti
Prof. M.e Mario Charro
Prof. M.e Eduardo Figueira de Aguiar
Prof. Dr. Carlos Hernan Guerrero

Investimento
Inscrição:
Até 20 dias antes do início do curso: R$ 120,00
Até 07 dias antes do início do curso: R$ 170,00

Matrícula: R$ 250,00

Opções de Pagamento:
Opção A: 17x R$ 270,00*
Opção B: 24x R$ 209,00*

*Valor com desconto, válido para pagamento realizado até um dia antes do vencimento. Após esse período, permanecerá o valor sem desconto. Opção A: 17x R$ 280,00; Opção B: 24x R$ 219,00.

Obs.: o pagamento da matrícula será no 1º dia de aula e a 1ª mensalidade, 30 dias após a matrícula

http://www.posugf.com.br/cursos/pos-graduacao/educacao-fisica/154-massagem-e-tecnicas-corporais-contemporaneas

sábado, 24 de setembro de 2011

Luxemburgo usará 'equilíbrio físico' para escalar time no sábado




Na tentativa de impedir o 11º jogo seguido sem vencer no Campeonato Brasileiro, o técnico Vanderlei Luxemburgo cogita usar o critério físico para escalar o time que enfrentará o América-MG, neste sábado, no Engenhão.

Com o objetivo de ter uma equipe mais homogêneo neste quesito em campo, o comandante rubro-negro prega o equilíbrio para o Flamengo reagir.

– Será um jogo importante. Temos um tempo pequeno de recuperação. De repente eu faço algum equilíbrio físico na equipe. Deixar algum jogador no banco e entrar com outro mais descansado – comentou o treinador.

Responsável pela preparação física do Fla, Antônio Mello endossou o coro do técnico. A prioridade, no momento, é ter um grupo descansado na reta final do Brasileiro, na qual o time disputará mais 13 jogos até 5 de dezembro.

– O cuidado agora é poupar. Tudo que fizermos em termos de recuperação é muito pouco. O calendário brasileiro é muito malfeito. Você acumula jogos em um período do ano e outros com folga entre eles – justificou Mello.

Para ter o grupo inteiro, Mello não faz segredo e diz que a recuperação é simples. A imersão na água quente nos períodos que intercalam as rodadas é suficiente.

– A recuperação é por meio do calor. É a mais eficaz, responde melhor. Jamais faço gelo que é para tratamento e não para recuperação. Fico abismado quando se usa gelo, quando você pode usar calor, massagem... Tudo aquilo que vai induzir o jogador ao sono e ao relaxamento. É o caminho mais correto – contou.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Não desista de pedalar por medo de lesionar os joelhos



Pedalar tem sido uma das atividades mais procuradas, tanto por pessoas que desejam iniciar uma atividade física como por aquelas que já praticam esportes ou frequentam academias.

Pedalar regularmente, além de queimar muitas calorias (em média 800 kcal em 1 hora) e ajudar no emagrecimento, fortalece os músculos, melhora o condicionamento cardiorrespiratório e também aumenta a resistência e a força muscular.

Mas, com medo de machucar em função da intensidade do treinamento, muita gente não gosta de pedalar porque pensa que esse tipo de atividade força os joelhos e pode causar uma lesão, mas não é bem assim. Basta se posicionar corretamente na bike antes de começar a atividade que o treino será seguro e eficiente.

O mais importante é regular a bicicleta. Acertar o banco deixando-o em uma altura que permita uma leve flexão do joelho quando o pedal estiver embaixo. Sentado, coloque os pedais na mesma altura para medir a distância do banco para o guidão. O correto é que, nessa posição, o joelho fique na linha do pedal. O guidão deve estar na altura do banco ou um pouco mais alto. Se for pedalar em pé, mantenha os quadris próximos ao assento. Qualquer um desses posicionamentos errados pode acabar lesionando os joelhos, além de comprometer a coluna e sobrecarregar a região lombar.



O posicionamento correto é fundamental, por isso não se esqueça dos seguintes detalhes:

•Mantenha a cabeça alinhada à coluna e o pescoço relaxado;
•Relaxe também as mãos, os cotovelos e os ombros;
•Ajuste o firma-pé;
•Prenda os cadarços;
•Evite o "pé de bailarina", deixe o pé na posição normal, paralelo ao chão, evitando problemas como fascite plantar (inflamação ocasionada por inflamação ocasionada por microtraumatismos de repetição de movimentos) e tendinites;
•O joelho não deve passar a ponta dos dedos, durante o movimento;
•Mantenha uma toalha por perto para enxugar o suor das mãos evitando que você escorregue do guidão;
•Não movimente o quadril lateralmente, evitando problemas como bursite no trocanter do fêmur (articulação do quadril);
•Não jogue o peso do corpo nos membros superiores, distribua o peso, mantendo a coluna reta e os membros superiores relaxados.


Saúde Plena

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Massagem terapêutica pode ser um complemento à fisioterapia



Às vezes, um problema de coluna ou uma contratura muscular, decorrente das tensões do dia a dia, podem causar mal estar e prejudicar as pessoas em suas atividades cotidianas. Sentir dor nunca é bom e é o primeiro sinal de que algo está errado. É nesse momento que se deve procurar um médico especialista para saber qual a prescrição mais adequada para sua patologia. Se o seu problema for estritamente muscular, um complemento para a fisioterapia cada vez mais prescrito pelos médicos e fisioterapeutas é a massagem terapêutica, que trabalha com mais intensidade nas dores relacionadas aos músculos.

A má postura ao sentar, o jeito inadequado de caminhar, de correr, a forma como você se abaixa para pegar um objeto e até os movimentos bruscos demais são alguns dos motivos que mais causam problemas na coluna. O médico especialista em clínica e cirurgia da coluna vertebral do Instituto da Coluna Dr. Malgarino Roncato, ressalta que em caso de torções e escolioses posturais a massagem terapêutica pode ajudar bastante o paciente. “A massagem pode ser eficaz nesses casos, mas é importante lembrar que o paciente deve sempre procurar um médico para que sejam feitas as avaliações clínicas e radiológicas necessárias, antes da prescrição de qualquer tratamento”, finalizou o Dr. Roncato.

A fisioterapeuta Juliana Fogaça Carneiro complementa dizendo que se houver contusões musculares ou agudas, lesões de pele, articulações inflamadas, tumores e inchaços não diagnosticados o tratamento não é indicado. “A massagem terapêutica pode fazer parte de processo de reabilitação, mas o profissional que vai realizar esse procedimento precisa ter total conhecimento da patologia do paciente. Caso contrário, se o motivo da dor não estiver claro, é preciso realizar exames e procedimentos clínicos de avaliação”, afirma.

A fisioterapeuta também destaca que a massagem alivia a fibromialgia, que é uma dor crônica e generalizada, as dores de cabeça e ajuda a resolver problemas de insônia, porque trabalha com pontos chamados zonas de reflexo. Além disso, a massagem terapêutica auxilia na prevenção de contraturas, dores musculares depois de treinos esportivos e tratamento para as partes moles como tendões e ligamentos. “A massagem faz com que a pessoa relaxe e tenha uma melhora na circulação sanguínea, o que já causa um alívio. Ela também aumenta a elasticidade da pele e do músculo”, finalizou Juliana.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Como eliminar o ácido lácteo



Ao realizar um esforço físico, o organismo realiza a queima de glicose, que está armazenada no corpo, principalmente com o oxigênio proveniente da respiração.

Diante dessa descoberta, chegou-se a conclusão que a melhor maneira de eliminar o ácido lático causado pelos exercícios físicos são a pratica de mais exercícios. Essa queima de glicose produz energia e se o exercício estiver além do que o atleta está condicionado a fazer, a queima da glicose não será suficiente através do oxigênio. Essa reação produz o ácido lático que provoca dor nos músculos. Para evitar sua formação, invés de evitar fazer mais exercícios físicos, o melhor procedimento é praticar outra atividade, de menor intensidade. Isso ajuda a desintoxicar a musculatura porque uma parte do ácido lático passa a ser queimada.

A eliminação do ácido lácteo também se dá através de massagem no local dolorido. Isso aumenta a irrigação sanguínea do local, favorecendo a sua eliminação.

Por Carolina Abranches

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Cãibras



Segundo o dicionário Michaelis, Cãibra é uma Contração involuntária e dolorosa de um músculo ou grupo de músculos.

A cãibra é causada pela perda excessiva de líquidos e sais, como o sódio e potássio, comum no momento da transpiração, ou no momento de um grande esforço físico.


Dicas para prevenir as caimbras:


- Aquecer e alongar os músculos antes de iniciar o exercício para prepará-los para a sobrecarga, evitando as lesões e as caimibras.


- Manter a hidratação adequada antes, durante e após a atividade. Sucos e bebidas isotônicas podem além de repor o líquido, promover a reposição dos níveis de sódio e potássio.

- Repor níveis de sódio durante os intervalos de exercícios intensos e com transpiração abundante com bebidas esportivas ou com alimentos que contenham sódio;


- Assegurar a ingestão adequada de carboidratos para evitar a utilização da massa muscular como forma de energia, pois a deficiência de carboidratos durante o exercício pode provocar a oxidação de proteínas, liberando substâncias tóxicas.


-Assegurar uma recuperação nutricional adequada (particularmente para o sal) e descansar os músculos após um treino intenso.


O que fazer quando sentir caimbras:

Relaxar a musculatura, massageando a área. Esfregar o músculo afetado pode ajudar a aliviar a dor e auxilia no estímulo à corrente sangüínea e ao movimento de líquidos na área.

Alongar depois de passado os sintomas mais fortes, pois durante as fortes contrações, o alongamento pode causar lesões nas fibras musculares

Recuperar-se adequadamente. Descanso e reidratação adequada com líquidos que contenham eletrólitos, particularmente sódio, irão rapidamente trazer melhora.

As mais frequentes são as caimbras nas panturrilhas ( figura 1). As causas mais comuns são a perda de água e sal no organismo através de suor excessivo, conhecido como câimbras de calor. Diminuição de cálcio no sangue determinada por diversas doenças, entre as quais, distúrbios das glândulas supra-renais, fadiga muscular, posições incômodas de pernas e braços e varizes nas pernas. Se a caimbra aparece esporadicamente durante exercícios muito intensos, provavelmente trata-se da chamada "câimbra do esportista", que pode ser causada por excesso de ácido láctico ou fadiga aguda das fibras musculares.

domingo, 18 de setembro de 2011

MASSOTERAPIA: tipos, aplicações e benefícios




Tradicional e milenar entre os povos orientais, no ocidente, apenas desde a metade do século XX, vêm sendo disseminada para aplicação em outros campos, mediante suas diferentes modalidades ou técnicas. De todos os modos, há muito tempo a Massoterapia é largamente aplicada no campo do esporte.

É definida como o conjunto de técnicas de massagem corporal, feita por meio manual, mecânico ou por eletroestimulação, com base na fisiologia e na anatomia do corpo humano, com fins de conforto físico e/ou terapêutico, segundo o caso que se apresenta.



Dentre os tipos ou modalidades mais conhecidos de Massoterapia, destacam-se o Relaxamento Muscular e a Drenagem Linfática, detalhadas mais adiante; a Massagem Lipomodeladora (aplicada como coadjuvante na “escultura” do corpo, tanto em condições normais como em processo de adelgaçamento; suas manobras são mais rápidas e mais vigorosas, para trabalhar os nódulos celulíticos e porções de gordura localizada, podendo provocar manchas roxas); a Reflexologia (massagem nos pés e nas mãos, conhecida como terapia por zonas de reflexo, em pontos ligados a diferentes órgãos e partes do corpo); o Shiatsu (massagem corporal mediante pressão em áreas específicas); e o Tui-Ná (massagem aplicada por sobre a roupa, com movimentos voltados para aliviar dores musculares e de articulações, resultantes da prática de esporte, de desgaste, tensão crônica etc).

As modalidades Relaxamento Muscular e Drenagem Linfática, sendo as mais difundias e, portanto, mais solicitadas, serão apresentadas a seguir:

No âmbito laboral, a modalidade Relaxamento melhora a disposição para o trabalho, reduz afastamentos remunerados por LER/DORT (lesão por esforço repetitivo/distúrbios osteomusculares), além de contribuir positivamente para a imagem da empresa ante seus funcionários.

No âmbito pessoal, a técnica de Relaxamento é aplicada com êxito para algumas situações de desconforto, tais como:

Estresse emocional

Tensão e fadiga física e mental (em cirurgiões, desportistas, executivos...)

Dores musculares em geral. As pessoas que praticam dança, esporte ou outro tipo de exercício que exige esforço, estão mais expostas à tensão ou à lesão muscular.

Trata-se do procedimento que visa à liberação das tensões localizadas na musculatura, dissolvendo nódulos e promovendo uma sensação de profundo bem-estar, mediante a aplicação de manobras tomadas das diferentes técnicas citadas acima (drenagem linfática, shiatsu, tui-ná, com uso de técnica manual ou vibracional).

Ainda no âmbito pessoal, a Massoterapia aplicada na modalidade Drenagem Linfática é demandada como coadjuvante nos seguintes casos:


Celulite

Dietas de emagrecimento

Pós-operatório de plástica abdominal e facial

Pós-operatório de cirurgia vascular

Fibroses

Edemas pré-menstruais e gestacionais

Retenção de líquido


Trata-se de um estímulo externo ao trabalho natural da linfa, sendo feita com manobras precisas, ritmadas, lentas, leves e superficiais. Ela se estende pelo abdômen, braços, costas, pernas e pés, e embora possa ser feita tanto com técnicas manuais quanto mecânicas, é preferentemente feita de modo manual, em especial nos casos de cirurgia plástica (para redução de edemas) e para pacientes com alteração hormonal (pelo benefício das manobras suaves e pela possibilidade de contar com a sensibilidade do massoterapeuta).

A Drenagem Linfática ainda oferece como benefícios: aumento da hidratação e nutrição das células; aceleração dos processos de cicatrização, pelo aumento da vascularização arterial e venosa; aumento da capacidade de absorção de hematomas e equimoses; e melhora o retorno da sensibilidade, após a cirurgia plástica.

Obs.: A Drenagem Linfática não deve ser confundida com a massagem modeladora.

Considerações Finais

A literatura a respeito da Massoterapia é vasta, tanto como fonte popular, quanto científica. Neste último caso, a literatura de caráter acadêmico apresenta a Massoterapia como coadjuvante em diversos tratamentos, a exemplo de:

Fibromialgia - síndrome reumática dolorosa crônica, não inflama­tória, caracterizada por dor músculoesquelética difusa. (FILIPINI, S. M. et al. Conhecimento e utilização de terapias alternativas no tratamento de fibromialgia. Disponível em: Janus, v. 5, n. 8, p. 45-58, jul./dez. 2008)

Qualidade de vida no ambiente de trabalho – auxílio nas condições físicas (conforto, bem-estar) e psicológicas (autoestima) dos colaboradores, que recebem sessões regulares de “massagem como terapia alternativa” (MARINS, S.S.M. Como melhorar a qualidade de vida dos colaboradores através de terapias alternativas: uma visão holística. 2004. Monografia (Especialização em Pedagogia Empresarial) – Universidade Cândido Mendes, Rio de Janeiro.

DATM Disfunção da Articulação Temporomandibular – este tipo de disfunção tem recebido abordagens miofaciais da Massoterapia, dentro do tratamento fisioterápico. (DI GRAZIA, R.C.; FORTI, V.A.M. Qualidade de vida em mulheres na meia idade com disfunção de articulação temporomandibular. In: VILARTA et al. Qualidade de vida e novas tecnologias. Campinas: IPES Editorial, 2007).

sábado, 17 de setembro de 2011

Terapias Comportamentais para Depressão



Monografia apresentada como Trabalho de Conclusão de curso de Graduação em Fisioterapia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, sob orientação temática da Profª Me. Conceição Aparecida A. S. Reis e orientação metodológica do Prof° Me. Paulo Moacir Godoy Pozzebon.

(RESUMO)

A depressão é citada por muitos como sendo a doença do século. Segundo a Organização Mundial da Saúde, neste início do século XXI, a depressão representa a quarta maior causa de perda de anos de vida sadios. Além disso, é classificada como sendo a doença que mais incapacita o ser humano e gera um risco de vida por suicídio de até 15% (ZUNKEL, 2003, p. 116).

Apesar dos inúmeros medicamentos antidepressivos e das demais técnicas de tratamento, um grande percentual dos pacientes com transtorno mental acaba procurando, ou até prefere algum tipo de ajuda complementar ao tratamento convencional. (JORM et al., 2002, p. S85). Este autor cita que numa amostra da população australiana, 57% dos entrevistados escolheu vitaminas e fitoterapia como sendo útil para o tratamento da depressão, comparado com 29% que escolheu a alopatia. O estudo evidencia a importância que deve ser dada para outros tipos de tratamento que não só o convencional. Recentemente tem se dado maior importância para a opinião do paciente, no que diz respeito ao seu próprio tratamento; sendo essa opinião um requisito importante para o sucesso terapêutico (JORM et al., 2002, p. S85).

O uso de técnicas complementares exige, assim como num plano de tratamento padrão, um rigoroso critério de elegibilidade e precisa de tantas pesquisas quanto às desenvolvidas com medicamentos, com eletroconvulsoterapia, com fototerapia e outros.

Nesta perspectiva surgiu um dos objetivos deste Trabalho de Conclusão de Curso: realizar uma revisão bibliográfica de modalidades terapêuticas que podem ser utilizadas no campo da Fisioterapia e que, segundo suas bases conceituais, podem possivelmente favorecer o paciente deprimido: Acupuntura, Exercício Físico, Massagem Terapêutica e Relaxamento.

Esta revisão bibliográfica foi realizada em bancos de dados como: “Pubmed”, Biblioteca Cochrane, “Scielo”, “Lilacs”, livros didáticos, internet, entre outros. Na consulta por artigos indexados as palavras-chaves principais utilizadas foram: acupuntura, massagem, exercício físico, atividade física, relaxamento, técnicas de relaxamento, depressão, transtornos do humor e transtornos depressivos.

Pelo limitado número de artigos e pela intenção de traçar-se uma abordagem mais ampla nas mais diversas síndromes depressivas utilizou-se como critério de exclusão somente os transtornos depressivos de caráter bipolar.

Tratamento

Segundo Kaplan (KAPLAN, 2003) o tratamento dos transtornos do humor deve ser dirigido para os seguintes objetivos: em primeiro lugar, deve-se garantir a segurança do paciente (propiciando um bom vínculo terapeuta – paciente); em segundo lugar, uma completa avaliação diagnóstica; em terceiro, um plano de tratamento que aborde não apenas os sintomas imediatos, mas também o bem-estar futuro do paciente.

Kay e Tasman (KAY; TASMAN, 2002, p.306) enfatizam que o tratamento deve voltar-se para a redução e eliminação dos sintomas depressivos, com restauração integral do funcionamento psicossocial. A melhoria do funcionamento adaptativo após o episódio depressivo deve ser um dos objetivos associados. O estabelecimento de uma relação funcional entre paciente, família e terapeuta, promove geralmente uma melhor recuperação e fundamenta, além da conduta, o melhor tratamento para o paciente.

A literatura de psiquiatria estudada apresenta as seguintes práticas de tratamento do paciente deprimido: farmacoterapia, eletroconvulsoterapia, fototerapia e o tratamento psicossocial.

1 - Farmacoterapia

O enfoque farmacológico revolucionou o tratamento dos transtornos depressivos e afetou dramaticamente o curso dos transtornos de humor, além de reduzir os custos que impõem à sociedade (KAPLAN, 2003, p. 517).

As principais drogas terapêuticas para o tratamento da depressão são os antidepressivos e a escolha do tratamento com um medicamento específico - em uma determinada situação clínica - baseia-se principalmente na determinação da resposta terapêutica prévia à medicação, na consideração dos possíveis efeitos colaterais, na história de resposta à medicação em parentes de primeiro grau e na presença de doenças clínicas gerais concorrentes ou de transtornos psiquiátricos comórbidos que possam indicar uma opção específica de tratamento com antidepressivos.

Quando a medicação antidepressiva é iniciada exige-se a monitorização cuidadosa da dose e das respostas iniciais, a revisão do tratamento com o paciente logo após seu início, o aumento gradual da dose até níveis terapêuticos e a revisão semanal da resposta clínica durante o tratamento. O objetivo final da farmacoterapia é a remissão completa dos sintomas.

Há vários tipos de medicações antidepressivas. Estas incluem medicações mais novas - principalmente inibidores seletivos de recaptura de serotonina (ISRS), tricíclicos e inibidores da mono-amino-oxidase (IMAO). Os ISRS - e outras medicações mais recentes que afetam neurotransmissores como dopamina e norepinefrina - geralmente têm menos efeitos colaterais que os tricíclicos e geralmente são mais bem toleradas pelos pacientes.

Embora algumas melhoras possam ser vistas nas primeiras semanas, as medicações antidepressivas têm de ser tomadas regularmente por 3 ou 4 semanas (em alguns casos até 8 semanas) antes que ocorra o efeito terapêutico integral. Além disso, o médico pode ter que experimentar vários antidepressivos antes de achar a medicação ou combinação de medicações mais eficaz.

Seguem-se abaixo alguns quadros com as diferentes categorias de antidepressivos, doses recomendadas, entre outras informações.

É importante lembrar também, que os medicamentos ansiolíticos (calmantes) ou sedativos por vezes são prescritos juntamente com os antidepressivos; entretanto, não são eficazes quando tomados isoladamente para um transtorno depressivo (Associação Brasileira de Psiquiatria, 2006).

2- Eletroconvulsoterapia

A terapia eletroconvulsiva geralmente é usada quando o paciente não responde à farmacoterapia ou não tolera a farmacoterapia ou quando a situação clínica é tão severa que exige a melhora rápida.

Dentre todas as eletroconvulsoterapias realizadas nos Estados Unidos, de 80 a 90% são para o tratamento do transtorno da depressão maior. Esta terapia é indicada para casos de depressão severos, incluindo casos com aspectos psicóticos. E é particularmente útil para eliminar impulsos suicidas agudos em pacientes que necessitam de um rápido combate aos sintomas (KAPLAN, 2003, p. 521).

3- Fototerapia

A fototerapia é um tratamento que vem sendo usado em pacientes com transtornos do humor de padrão sazonal (LEPPÄMÄKI, 2002, p. 316). Pode ser usada sozinha ou em associação com a farmacoterapia.

Consiste na exposição de pacientes com Transtorno Depressivo Maior (TDM) à iluminação de 2500 lux de 1 a 2 horas ao despertar. Foi desenvolvida como um novo tratamento para pacientes que manifestam TDM com padrão sazonal, que geralmente se manifestam nos países nórdicos, nos períodos de inverno, que tem pouca luminosidade.

4 Tratamento Psicossocial

Dentre a literatura consultada verificou-se que a maioria dos autores indicam a prática medicamentosa associada à psicoterapia, obtendo, com isso, uma intervenção mais efetiva e prevenindo as recidivas. Além disso, algumas pessoas com formas mais leves de depressão podem evoluir bem somente com psicoterapia tão somente.

Dentre os tratamentos psicossociais incluem-se tratamento psiquiátrico de apoio, psicoterapia interpessoal, terapia cognitiva, terapia comportamental, psicoterapia dinâmica breve e terapia conjugal e familiar. Elas têm por objetivo: redução ou eliminação dos sintomas ativos da depressão, prevenção de recaídas ou recorrências e restauração do funcionamento psicossocial.

Acupuntura e Depressão

A palavra “acupuntura” vem do Latim e se refere simplesmente ao ato de “penetrar com um instrumento pontiagudo”. Tal técnica originou-se na China, no período pré-histórico e vem sendo usada por mais de dois mil anos na China e no Japão (FILSHIE; WHITE, 2002, p. 3). A referência literária mais antiga está no livro de medicina interna do Imperador Amarelo, datada do segundo ou terceiro século antes de Cristo. A acupuntura chegou ao Japão no século VI da era Cristã e foi introduzida na Europa por Rhijine (1683), que havia aprendido no Japão essa arte terapêutica.

Como terapia foi se difundindo muito lentamente na Europa. As primeiras publicações sobre acupuntura, européias e americanas, só apareceram no início do século XIX. Apesar de seu uso já mais difundido na metade do século XX, foi só na década de 70 que a atenção pública se voltou para essa terapia e veio a ser amplamente exercida. Filmes mostrando procedimentos cirúrgicos sob anestesia propiciada pela acupuntura, vindos da China, logo após a visita do presidente Nixon ao país em 1972, incitaram a imaginação pública. Foi então, nessa época, que se iniciaram as mais amplas pesquisas sobre a acupuntura e seus diversos efeitos, principalmente no que diz respeito ao controle da dor.

Hoje em dia, devido a esta ampla expansão da acupuntura para o Ocidente e devido a uma cultura atual de ciência baseada em evidências pode-se colocar a acupuntura dividida em dois grandes pilares: acupuntura segundo a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e a Acupuntura Científica (AC). A MTC exerce a acupuntura conforme os ensinamentos de antigos mestres, que passaram seus conhecimentos ao longo de milhares de anos, sendo suas teorias baseadas num equilíbrio energético regido pelo Yin e pelo Yang (forças opostas com a finalidade de se equilibrarem entre si).

A inserção de agulhas pelo corpo teria a finalidade de ajudar na restauração da energia vital, que estaria desbalanceada no caso de uma doença. Sendo assim, os melhores pontos deveriam ser selecionados para a restauração de uma homeostase individual – pontos que teriam uma indicação variável conforme o estado de desequilíbrio. Os pontos de acupuntura agrupados entre si, formariam segundo a MTC, meridianos (trajetos imaginários) ao longo do corpo, responsáveis por conduzirem nossa energia vital.

Já a AC baseia-se em princípios neurofisiológicos, anatômicos e muitas vezes exclui as teorias tradicionais chinesas. Para estes adeptos a aplicação das agulhas gera componentes neuroquímicos, psicológicos e hormonais, responsáveis pelo controle sintomatológico ou cura de algumas doenças. Esta corrente diversas vezes tenta traçar um elo entre a MTC e as informações disponíveis na medicina ocidental como, por exemplo, tentando correlacionar os meridianos com os trajetos nervosos ou com o trajeto de vasos da anatomia humana; muitas vezes questiona a real existência de uma energia percorrendo os meridiano; tenta traçar protocolos de tratamento, baseados em evidências e não por meio de diagnósticos firmados pela MTC. Porém, são inúmeros os estudos que acabam correlacionando a MTC e a AC, por isso esse capítulo irá se ater numa mescla destas duas correntes.

É interessante pontuar, também, que a terminologia utilizada pela MTC difere totalmente dos termos usados pela medicina ocidental. Por exemplo: “Pulmão” na MTC está relacionado com doenças de pele; “Rim” não diz respeito ao trato urinário e sim ao sistema genital; “Baço” regula as funções digestórias. Existe até um órgão “Triplo Aquecedor”, que não existe na anatomia moderna (LIAO, 1973, NEEDHAM, 1980 apud FILSHIE, 2002, p. 13). A justificativa para esta grande diferença reside no fato da MTC se basear em antigos manuscritos que datam de tempos cujas constatações de funcionamento do corpo, muitas vezes, eram feitas por intuição, e a anatomia interna humana norteava-se primordialmente pela palpação e observação.

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Em casos de eletroacupuntura a corrente elétrica que passa pelas agulhas é uma corrente não contínua que pode ser relativamente lenta (2 – 10 Hz) ou rápida (80 – 150Hz) e a associação de freqüências baixas e altas tende a ter resultados mais favoráveis do que a utilização de somente uma das duas (ULETT; HAN; 1998, p. 129). A justificativa para isso parece ser a liberação de mais de um tipo de neuropeptídeo (MA, 2003, p. 42) e isso pode ser vantajoso, também, nos casos de depressão.

Para seleção dos pontos listados na tabela 1, e mesmo para localizar qualquer acuponto é importante lembrar que exames quantitativos das propriedades elétricas da pele fornecem a demonstração mais objetiva da validade científica dos pontos de acupuntura (BERGSMANN, 1973; REICHMANIS, 1975; BECKER et al., 1976; OLESON, 1983 apud STUX; HAMMERSCLA, 2005, p. 113). Nos anos 70, Matsumoto mostrou que 80% dos pontos de acupuntura podiam ser detectados como pontos de baixa resistência. Descobriu-se que a resistência elétrica dos pontos de acupuntura ia de 100 a 900 kOhm, ao passo que a resistência elétrica dos não-pontos de acupuntura ia de 1100 a 11.700 kOhm (STUX; HAMMERSCLA, 2005, p. 114).

No Departamento de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), por exemplo, o método utilizado para detectar os pontos de acupuntura com mais precisão é o Ryodoraku (aparelho utilizado para mapear a impedância ou resistência elétrica da pele). Integrantes do Departamento de Dor da FMUSP colocam que segundo Nakatani os pontos detectados pelo Ryodoraku indicam a existência de um processo patológico, resultado da liberação de substâncias algogênicas nas terminações nervosas do tegumento pesquisado (ANDRADE FILHO, 2005). Essas substâncias algogênicas promoveriam uma despolarização da membrana axonal e conseqüentemente reduziriam a resistência elétrica tegumentar (ANDRADE FILHO, 2005).

Como demonstrado no estudo de Röschke (RÖSCHKE, 2000), a acupuntura pode ser um recurso que utilizado de forma associada à tratamentos padrões pode trazer benefícios terapêuticos adicionais, potencializando, por exemplo, o efeito dos antidepressivos.

Cabe lembrar que trabalhar em conjunto com um psiquiatra pode ser uma alternativa bem interessante e em alguns casos primordial. Com isso pode-se discutir a eleição criteriosa dos pacientes que eventualmente se beneficiarão somente com a acupuntura, verificar as possibilidades de utilizar-se antidepressivos mais acupuntura, averiguar possíveis reduções em dosagens medicamentosas (em função da associação com a acupuntura) e deixar a cargo do psiquiatra os casos que possivelmente não se beneficiarão com o uso da acupuntura.

Apesar dos poucos estudos bem elaborados, controlados e com casuísticas importantes a acupuntura parece ser uma técnica promissora no tratamento da depressão. E para maiores conclusões e para claras orientações de tratamento mais estudos se fazem necessários.

Exercício Físico

O exercício físico sempre existiu na história da humanidade. Estudos antropológicos e evidências históricas relatam a existência desta prática desde a cultura pré-histórica, como um componente integral da expressão religiosa e cultural (VAISBERG, 2005, p. 5). Um bom exemplo são os Jogos Olímpicos – prática desportiva com caráter de celebração e culto aos Deuses que ocorre há mais de 2700 anos.

Um outro aspecto também muito importante do exercício físico, quando realizado de forma planejada, estruturada e repetitiva, é a sua capacidade de atuar no condicionamento físico, aumentando ou mantendo a saúde e a aptidão física. Esta forma de atuação também pode ser encontrada na história das civilizações; como na Idade Média em que os exercícios foram a base da preparação militar dos soldados, que durante os séculos XI, XII e XIII lutaram nas Cruzadas empreendidas pela Igreja.

Porém, uma atenção recente, fruto de diversos estudos atuais, relaciona o exercício físico com a prevenção, conservação e conseqüente melhora da saúde.

Estudos epidemiológicos e experimentais evidenciam uma correlação positiva entre a prática da atividade física e diminuição da mortalidade, sugerindo um efeito positivo no risco de desenvolver enfermidades cardiovasculares, no perfil dos lipídeos plasmáticos, na manutenção da integridade óssea, no controle de enfermidades respiratórias e do diabetes, além de menor prevalência de câncer. Também são relatados benefícios psicológicos como melhora na função cognitiva, humor, diminuição da ansiedade e depressão (MC ARDLE et al., 1998; MAZZEO, 1998; NIEMAN, 1999; POWERS et al., 2000; WILMORE, COSTIL, 2001 apud VAISBERG, 2005, p. 06).

Independente da idade, o exercício físico terapêutico regular produz melhoras fisiológicas mensuráveis. O Colégio Americano de Medicina Esportiva (“American College of Sports Medicine” – ACSM), por exemplo, coloca dentre os benefícios diretos e indiretos do exercício físico terapêutico:


Melhoria da função cardiovascular e respiratória;
Redução dos fatores de risco para doenças das artérias coronárias;
Diminuição de incidentes mortais provocados por doença cardiovascular;
Diminuição da incidência de doença das artérias coronárias, cancro do cólon e diabetes tipo II;
Diminuição da massa gorda e manutenção ou aumento da massa muscular;
Aumento da massa óssea e/ou prevenção da sua perda (prevenção da osteoporose);
Aumento da força muscular;
Aumento da resistência de tendões e ligamentos;
Aumento do metabolismo em repouso;
Melhoria da função imunitária;
Atraso de certos processos do envelhecimento;
Aumento da sensação de bem-estar e da auto-estima;
Melhoria dos estados de depressão e ansiedade.

A magnitude dessas melhoras depende de muitos fatores, incluindo estado inicial de aptidão, idade, tipo e volume de treinamento. Por isso, é importante lembrar que quando se pretende trabalhar com o exercício físico de forma terapêutica é preciso ter um bom conhecimento dos aspectos gerais e da fisiologia do exercício, sabendo associar isto à correta prescrição para cada indivíduo e para cada doença.

Para isso deve-se estar atento a determinantes como: intensidade, volume, freqüência e duração do exercício. Além disso, outro cuidado igualmente importante refere-se à realização de uma avaliação física precisa, para que seja elaborado um programa correto de exercícios, baseado no gasto energético, idade, sexo, entre outros (FLETCHER, 1990, p. 2288).

Na última década foram realizados estudos controlados fundamentando a idéia de que os exercícios físicos têm papel relevante na promoção de saúde mental. Os indivíduos mais estudados são os de populações clínicas, portadoras de depressão - os quais, em geral, são mais sedentários e apresentam menor capacidade de trabalho físico se comparados aos não portadores da doença. Tem-se observado que ambas as populações se beneficiam dos efeitos da prática de diferentes modalidades de exercício físico (MELLO, 2005, p. 205).

Frente às necessidades em entender a fisiologia do exercício, qual intensidade, freqüência, volume e duração da atividade física necessária para o tratamento da depressão surgiram os tópicos subseqüentes deste capítulo.

Fisiologia do Exercício na depressão

Segundo Vaisberg (VAISBERG, 2005, p. 136) mecanismos psicológicos e fisiológicos tem sido sugeridos para explicar os efeitos benéficos dos exercícios sobre a saúde e sobre transtornos mentais. Embora poucas hipóteses tenham encontrado respaldo em estudos randomizados e controlados, alguns dos mecanismos serão aqui mencionados:

Mecanismos psicológicos dos exercícios físicos:

a) Hipótese da distração: Sugere que o desvio (promovido pelos exercícios) de estímulos não prazerosos ou de queixas somáticas dolorosas levem à melhora do afeto e do bem-estar;

b) Teoria da auto-eficácia: Propõe que confiança, na capacidade de se exercitar, está fortemente relacionada à habilidade de realizar outras tarefas/comportamentos;

c) Hipótese da interação social: Postula que a interação social e o suporte mútuo entre os praticantes é importante parcela dos benefícios causados pelo exercício físico à saúde mental do indivíduo.

Mecanismos fisiológicos dos exercícios físicos:

a) Hipótese das monoaminas: propõe que os exercícios otimizam a transmissão sináptica aminérgica cerebral. Noradrenalina, dopamina e serotonina são aminas que agem no despertar, na capacidade da atenção e também estão relacionadas aos transtornos depressivos e distúrbios do sono;

b) Hipótese das endorfinas: as beta-endorfinas são produzidas endogenamente em diferentes localizações do cérebro, liberadas durante a atividade física, estão relacionadas à redução da dor e à potencialização do estado de euforia.

Além dessas diversas hipóteses a melhora do quadro do sono (benefício intimamente ligado à prática regular de atividade física) parece ser um dos fatores implícitos relacionados à diminuição dos sintomas da depressão.

Para esta melhora do padrão do sono algumas teorias são propostas. Entre essas propostas temos:

a) - Termorregulatória: afirma que o aumento da temperatura corporal como conseqüência do exercício, facilitaria o disparo do início do sono, graças a ativação dos mecanismos de dissipação do calor e indução do sono, processos estes controlados pelo hipotálamo;

Conservação de energia: descreve que o aumento do gasto energético promovido pelo exercício durante a vigília aumentaria a necessidade de sono a fim de alcançar um balanço energético positivo, restabelecendo uma condição adequada para um novo ciclo de vigília;

Restauradora ou compensatória: da mesma forma que a anterior, relata que a alta atividade catabólica durante a vigília reduz as reservas energéticas aumentando a necessidade de sono.

Os benefícios da atividade física, em relação à qualidade de vida, são indubitáveis, e são evidenciados sob o aspecto psicossocial, interferindo no estado de ansiedade e depressão, elevando a autoconfiança e favorecendo assim sua reintegração social e profissional além de motivar as mudanças dos hábitos de vida e o controle dos fatores de risco” (YAZBEK et al., 1994, p. 8


Massagem

A massagem sempre foi um dos meios mais naturais e instintivos de aliviar a dor e o desconforto. É comum verificar que quando uma pessoa tem músculos doloridos, dores abdominais, uma contusão ou um ferimento, o impulso instintivo é tocar e/ou esfregar essa parte do corpo para obter alívio.

O toque como método de cura parece ter inúmeras origens culturais e é provável que a massagem tenha começado quando habitantes das cavernas esfregavam suas contusões (FRITZ, 2001 p. 12).

A massagem terapêutica tem fortes raízes na medicina popular chinesa, mas também possui muitos aspectos em comum com outras tradições de cura, como a medicina indiana e a medicina persa. Acredita-se que a arte da massagem tenha sido mencionada pela primeira vez por escrito em cerca de 2760 a.C., no grande tratado de medicina chinesa conhecido como Nei Chang e desde cerca de 500 a.C. vem sendo pesquisada e descrita extensamente em livros.

A literatura médica egípcia, persa e japonesa está cheia de referências à massagem. O médico grego Hipócrates (460 a.C) advogava a massagem e os exercícios de ginástica constantemente em suas terapêuticas. Asclepíades, outro eminente médico grego, confiava exclusivamente na massagem em suas práticas (WOOD, 1984, p. 3).

Ao longo da história, a massagem foi usada como ferramenta terapêutica e seu valor foi reconhecido por múltiplas e variáveis culturas. A fundamentação fisiológica em suporte ao uso da massagem tem progredido, indo de puramente empírica até algo mais científico (CDOF, 2006).

Os métodos de massagem terapêutica são simples e eficientes para produzir respostas mediadas por meio do sistema nervoso, da interação com o sistema endócrino, do tecido conectivo e dos sistemas circulatórios. Técnicas de massagem terapêutica são capazes de substituir a farmacêuticas em casos de manifestações brandas de sintomas em determinadas disfunções. Como suplemento de ajuda à terapia medicamentosa pode reduzir as dosagens e a duração do uso de fármacos, diminuindo assim o risco de efeitos colaterais. O uso da massagem para a ansiedade, a depressão e a dor crônica pode ser benéfica em conjunção com um protocolo de tratamento multidisciplinar (FRITZ, 2001, p. 174).

As técnicas manuais de massagem são fisiologicamente específicas e bem definidas pelo modo de aplicação (esfregar, tracionar, pressionar); pela velocidade e a profundidade da pressão (sustentada ou lenta, rítmica, intervalada ou rápida); pela intensidade do toque (toque leve, toque profundo e uma combinação dos dois); e pela parte do corpo do terapeuta usada para aplicar as técnicas (dedos, mão, antebraço ou joelho).

As técnicas de massagem terapêutica e outros tipos e estilos de trabalhos corporais são meras variações da aplicação fundamental de manipulações, que proporcionam estimulação sensorial externa e efeitos internos. Os benefícios das técnicas são simplesmente o resultado de efeitos fisiológicos básicos desencadeados pelo estímulo tátil (FRITZ, 2001, p. 151).

Portanto, tentaremos elucidar no tópico a seguir aspectos fisiológicos básicos da massagem que podem ser útil na psicobiologia da depressão.

Efeitos Fisiológicos da massagem na depressão

É importante lembrar que quando os pacientes são tocados, a sua psique também é tocada; é literalmente impossível separar a psique do corpo. É comum que o tratamento físico seja capaz de alterar o estado psicológico do paciente, em forma de alterações de humor, de uma nova percepção da imagem corporal e em mudanças de comportamento.

Perls, fundador da psicologia da Gestalt, salientou que estimular as sensações (como por meio da massagem) e aumentar a conscientização corporal contribuem para “alimentar” a psique, promovendo uma melhor integração entre o corpo e a mente. Darbonne, terapeuta gestaltista e rolfista, recomenda o uso da técnica de massagem para aumentar a consciência do corpo em prol do crescimento pessoal (LEDERMAN, 2001, p. 177).

Os conceitos fundamentais que explicam os efeitos da massagem terapêutica baseiam-se no princípio de que a massagem age diretamente nos tecidos moles ou fluídos corporais estimulando o sistema nervoso, o sistema endócrino, as substâncias químicas do corpo, além de sua ação como efeito placebo.

Nesta atuação da massagem sobre o Sistema Nervoso, sobre as substâncias químicas do corpo, sistema endócrino e efeito placebo, as principais informações foram encontradas no livro de Fritz (FRITZ, 2001, p. 151 a 157) intitulado: “Fundamentos da massagem terapêutica” e serão abordados conforme o autor propõe em seu livro, falando sobre a atuação da massagem em cada um dos sistemas e colocando, a seguir – após cada item - afirmações oriundas do autor sobre evidências e pesquisas que demonstraram a eficácia da massagem, por exemplo, na modificação de níveis de alguns neurotransmissores ou substâncias neuroendócrinas.

Os efeitos da massagem sobre o Sistema Nervoso

Os efeitos da massagem ocorrem através do inter-relacionamento do Sistema Nervoso Central (SNC) e periférico (e seus padrões de reflexo e múltiplos caminhos), além do sistema nervoso autônomo (SNA) e do controle neuroendócrino.

O sistema nervoso responde aos métodos de massagem terapêutica por meio da estimulação dos receptores sensoriais pelo toque. A estimulação sensorial da massagem interrompe um padrão existente nos centros de controle do SNC, resultando numa mudança de impulsos motores. Essa mudança nos impulsos motores acarretaria uma alteração da homeostase e regularia os padrões vitais e a liberação de neurotransmissores.

Pesquisas atuais apontam que a maioria dos problemas no comportamento, humor e percepção de estresse e dor, bem como outras desordens chamadas de mentais/emocionais, são causadas pela desregulação ou falta das substâncias bioquímicas. A massagem regularia esses níveis bioquímicos, melhorando os sinais de ansiedade, atenção e diminuindo os traços depressivos.

A influência da massagem nas Substâncias Neuroendócrinas

Algumas das principais substâncias químicas reuroendócrinas influenciadas pela massagem são as seguintes:

Dopamina: Influencia a atividade motora e do humor.

Serotonina: Regula o humor e reduz a irritabilidade. Também modula o ciclo de sono/vigília. Um baixo nível de serotonina tem implicação na depressão, distúrbios alimentares, problemas de dor e desordens obsessivo-compulsivas.

Epinefrina/Adrenalina e Norepinefrina/Noradrenalina: A epinefrina ativa mecanismos de excitação no corpo, ao passo que a norepinefrina funciona mais no cérebro. Elas são as substâncias químicas da ativação, da excitação, do alerta e do alarme; na resposta de luta e fuga e em todos os comportamentos e funções de excitação simpática. Se os níveis dessas substâncias químicas estão elevados, ocorre uma hiperatividade e uma hipervigilância - a pessoa pode ter um padrão de sono perturbado, em particular uma falta de sono. Com baixo nível dessas substâncias o indivíduo fica indisposto, sonolento, fatigado e subestimado.

Encefalinas/endorfinas: São substâncias que levantam o ânimo e que dão suporte à saciedade e modulam a dor. A massagem aumenta os níveis disponíveis destas substâncias. A duração do efeito da massagem, em função do esgotamento das encefalinas é de aproximadamente 48 horas.

Ocitocina: Ligada a sentimentos de atração, junto com suas funções mais clínicas durante a gravidez e lactação.

Cortisol: Um dos hormônios liberados pelas glândulas supra-renais durante períodos de estresse prolongado. Níveis elevados desse hormônio indicam aumento de estimulação simpática.

Há evidências suficientes, também, que correlacionam o estresse à depressão – o que justificaria o fato da aplicação de massagem em pacientes estressados e/ou deprimidos.

Hormônio do crescimento: Promove a divisão celular e em adultos tem sido implicado nas funções de regeneração e reparação de tecidos. A massagem dinamiza, de forma indireta, a disponibilidade do hormônio do crescimento, encorajando o sono e reduzindo o nível de cortisol.

Pesquisas tem demonstrado que a massagem terapêutica aumenta os níveis de dopamina, serotonina, encefalinas, endorfinas e a ocitocina, além de reduzir os níveis sanguíneos e salivares de cortisol. Esta informação é de grande relevância, visto que são hormônios altamente relacionados com os pacientes deprimidos.

Influências autônomas

O SNA é mais conhecido por sua regulação da resposta simpática de “luta/fuga/medo” e da resposta parassimpática de “relaxamento e restauração”. Os dois sistemas trabalham juntos para manter a homeostase do corpo.

A excessiva ativação simpática esta relacionada à maioria das doenças provenientes do estresse. O SNA é regulado por vários centros no cérebro, em particular o córtex cerebral, o hipotálamo e a medula oblonga. O hipotálamo desempenha um papel importante na conexão corpo/mente e é um dos principais componentes do sistema límbico.

O sistema límbico é um grupo de estruturas do cérebro, ativadas por excitação e comportamento emocional, que influenciam os sistemas endócrino e autônomo. As respostas límbicas são refletidas numa alteração geral do humor e em sentimentos de bem-estar e angústia.

A massagem mostrou-se efetiva na regulação dos circuitos neurais límbicos às respostas emocionais.

Relaxamento

Apesar da origem relativamente nova dos procedimentos de relaxamento, seus antecedentes históricos são antigos. Nos murais da Babilônia, encontram-se evidências do uso do relaxamento e da hipnose e há notícias de que os Assírios realizavam notáveis tratamentos baseados em "passes" ou induções médicas. Os Caldeus conheciam a astrologia e dedicavam-se a estudos de ocultismo. Pesquisavam as forças internas do ser humano com fins medicinais e entre estes estudos preponderava-se o relaxamento e o hipnotismo. Assim como os Caldeus, os egípcios, os Astecas, Mayas, Quíchuas e Incas (civilizações antigas) já praticavam o relaxamento e o hipnotismo (SANTOS, 2006).

Em 1890, mesmo havendo supor o abandono do relaxamento e da hipnose, Freud declarou num artigo:

"A hipnose confere ao médico uma autoridade de tal ordem que é provável que nenhum padre ou taumaturgo jamais a tenha possuído, pelo fato de ela concentrar todo o interesse psíquico do hipnotizado na pessoa do médico (SANTOS, 2006)".

E não hesitou em recomendar a todos os médicos, inclusive aos médicos de família, essa forma de terapia, que deveria ser situada no mesmo plano dos demais procedimentos terapêuticos e não ser considerada um recurso último.

As Técnicas do relaxamento constituem um conjunto de procedimentos de intervenções úteis não só no âmbito da Psicologia Clínica e da saúde, como também no da fisioterapia aplicada em geral. As primeiras publicações do relaxamento progressivo de Jacobson e o relaxamento autógeno de Shultz são de 1929 e 1932 respectivamente. Este último sendo uma das técnicas mais conhecidas no relaxamento e que consiste de uma série de frases que induzem à auto-sugestão e proposição de bem estar (SANTOS, 2006).

O relaxamento engloba algumas técnicas responsáveis por promover um estado de equilíbrio da ansiedade e da tensão muscular, oferecendo alternativas de como lidar com o estresse e com as alterações somático-mentais.

Algumas intervenções para promoverem o relaxamento incluem meditação, relaxamento muscular progressivo, hipnose, biofeedback, técnicas que preconizam a respiração e a concentração.

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Relaxamento como tratamento da depressão

Em reportagem da Folha de São Paulo: “Medicina se rende à prática da meditação”, os autores colocam que tal prática deve ser realizada entre 10 e 20 minutos, de uma a duas vezes ao dia. E comentam que a meditação preferencialmente deve ser realizada na posição sentada, num lugar calmo e a meia luz – porém, existem aqueles que a realizam andando, lavando pratos ou outras atividades. Além disso, um aspecto interessante da meditação é que o paciente pode gerir o seu próprio tratamento.

Grande parte das técnicas de relaxamento preocupa-se com a concentração e com a respiração, sendo estas partes importantíssimas do relaxamento. O paciente deve ser instruído a imaginar que as energias negativas são retiradas de seu corpo e que seu sangue está ficando oxigenado e limpo (FIGUEIRÓ, 2005, p. 127).

O passo seguinte de algumas técnicas de relaxamento é seguir para regiões específicas do corpo. Pede-se ao paciente que imagine seus braços, suas pernas, sua cabeça e seu tronco - em diversos e diferentes momentos. A dor e o incômodo devem ser esquecidos.

O próximo passo é pedir que o indivíduo imagine-se em um lugar que se sinta bem e longe de seus problemas de cotidiano e que, provavelmente, estejam causando seu desconforto. O paciente deve ser sempre influenciado com pensamentos e palavras boas (FIGUEIRÓ, 2005, p. 127).

Outra possível técnica de tratamento para a depressão é o relaxamento progressivo. O relaxamento progressivo pode ser praticado em posição deitada ou sentado, em uma cadeira com a cabeça apoiada. Cada músculo ou agrupamento muscular é tensionado de 5 a 7 segundos e então relaxado, de 20 a 30 segundos. Este procedimento é repetido pelo menos uma vez. Se determinada região continuar tensa, pode-se praticar até 5 vezes (DAVIS, 1996, p. 63).

Reynolds (REYNOLDS, 1986) realizou uma pesquisa comparativa entre o relaxamento e técnicas de terapia comportamental em adolescentes deprimidos. O estudo foi composto por 10 sessões, de 50 minutos de relaxamento muscular progressivo, em que a 1ª sessão começou com a introdução do programa de tratamento. O terapeuta explicou todos os objetivos das sessões e os pacientes foram treinados a perceber os momentos de estresse que geravam tensão muscular associados à depressão. Nas sessões seguintes os pacientes foram ensinados a relaxar grandes grupos musculares, seguindo os princípios do relaxamento muscular progressivo.

Os pacientes eram incentivados a utilizar os ensinamentos obtidos nas sessões em situações que pudessem gerar estresse e tensão muscular. Na última sessão foi entregue o programa do tratamento e os indivíduos foram encorajados a realizar relaxamentos em possíveis fontes de estresse futuras (REYNOLDS, 1986, p. 563). O relaxamento mostrou-se superior a técnica comportamental na redução da ansiedade e do estresse, além de maior eficácia no controle dos sintomas depressivos.

Estudos recentes realizados pelo Grupo de Colaboração Psicossocial a Oncologia (Psychosocial Collaboration Oncology Group – PSYCOG) demonstraram que as técnicas de relaxamento obtiveram sucesso no controle da ansiedade, dor, náuseas e vômitos em pacientes submetidos à quimioterapia. O estudo apontou que os sintomas de ansiedade e depressão são comuns nesses pacientes e que as técnicas meditativas foram efetivas na redução dos traços depressivos e ansiosos, mesmo quando comparados com o uso de Alprazolam; porém cabe salientar que o Alprazolam foi superior (de forma pouco significativa) ao tratamento por relaxamento. E os autores colocam que a maior relevância da pesquisa foi o fato da terapia pelo relaxamento surgir como alternativa para pacientes que já administram muitos medicamentos e relutam em usar uma droga adicional (HOLLAND, 1991, p. 1004).

Em outro estudo realizado com mães adolescentes que adquiriam os sintomas depressivos, os resultados demonstraram que tanto as técnicas de relaxamento quanto as técnicas de massagem são efetivas no tratamento da depressão, porém de formas diferentes. A pesquisa foi realizada com 32 mães adolescentes divididas em 2 grupos que diferiram muito pouco em relação à idade, anos de escolaridade e etnia (71% negras, 29% latinas).

Os tratamentos propostos foram massagem e o relaxamento. O grupo de massagem (N = 16) recebeu 30 minutos de massagem por dia, em 2 dias consecutivos por semana, por 5 semanas consecutivas (10 sessões). A massagem foi realizada em decúbito dorsal nos primeiros 15 minutos e em decúbito ventral nos últimos 15 minutos. A massagem foi em todo o corpo e sempre no mesmo horário do dia (fim de tarde).

O grupo de relaxamento (N = 16) recebeu a mesma quantidade de sessões e mesma carga horária que o grupo de massagem. O relaxamento foi aplicado por 30 minutos por dia, por 2 dias consecutivos na semana, por 5 semanas consecutivas (10 sessões). Os primeiros 15 minutos foram compostos por exercícios de Ioga e os últimos 15 minutos consistiram na técnica de relaxamento muscular progressivo. Foram aplicadas as mesmas condições de controle da massagem.

Foram medidos os níveis de ansiedade, o pulso, os níveis de cortisol salivar, os níveis de cortisol sanguíneo e parâmetros comportamentais nos dois grupos, no primeiro e no último dia da pesquisa. Os dados da massagem (tabela 2) e os dados do relaxamento (tabela 3) foram comparados e demonstraram que o relaxamento é mais eficiente ao fim da terapia, mas a massagem tem seus efeitos em escala maior e em maior durabilidade (FIELD, 2006, p. 903).

CONCLUSÃO

A depressão, sendo um problema tão relevante de saúde pública, devido a sua alta incidência em todas as idades, sexos e classes sociais, necessita de arsenal terapêutico mais variado. Na prática clínica a equipe de saúde tem centrado suas ações contra a depressão basicamente em reduzidas ofertas, como a medicamentosa e a psicoterapêutica. Outras possibilidades terapêuticas devem ser buscadas, principalmente na área não medicamentosa – reduzindo os efeitos colaterais gerados por tal intervenção, possivelmente minimizando os gastos com saúde e favorecendo uma abordagem multidisciplinar para tal problema.

Conclui-se que as técnicas estudadas - acupuntura, exercício físico, massagem e relaxamento - apresentam resultados promissores no tratamento da depressão. O exercício físico aparentemente apresenta maior respaldo científico no que diz respeito à prevenção e ao tratamento da depressão – com estudos mais apurados, com maiores rigores metodológicos e com casuísticas importantes. Porém, cada técnica possui sua aplicação específica e a preferência do paciente, por uma das intervenções, parece ser um fator de muita valia.

Porém, mais estudos são necessários para que claras orientações quanto à positividade de cada intervenção e as melhores maneiras de tratamento sejam estabelecidas. Realizando mais estudos comparativos com técnicas consagradas, verificando se existe uma melhor aplicabilidade em pacientes, por exemplo, com depressão leve ou moderada, realizando comparações com “grupos placebo” e estabelecendo assim, melhores coordenadas para o tratamento de tais pacientes.

Pela revisão bibliográfica pode-se perceber também, que as terapêuticas estudadas (acupuntura, exercício físico, massagem e relaxamento) devem ser cuidadosamente empregadas caso sejam o recurso único no tratamento da depressão; pois ainda não existe um consenso criterioso sobre a utilização devida destas técnicas.



Referência
Moretti FA, Caro LG - Terapias complementares no tratamento da depressão: acupuntura, exercício físico terapêutico, massoterapia e relaxamento - in. PsiqWeb, internet, disponível em www.psiqweb.med.br/, 2006.

Felipe Azevedo Moretti e Lucas Gomes Caro

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

SÍndrome das Pernas Inquietas atinge 10% da população



O ato de movimentar incontrolavelmente as pernas pode não ser apenas um sintoma de ansiedade, da mesma forma que uma noite mal dormida nem sempre é somente sinal de insônia. O desconforto nas pernas provoca queimação, coceira e formigamento e a união desses sintomas resulta em um distúrbio ainda pouco conhecido, a Síndrome das Pernas Inquietas (SPI), mas que ataca cerca de 10% da população, segundo o neurologista Tarso Adoni, do Núcleo de Neurociências do Hospital Sírio-Libanês.

De origem neurológica, a doença, de causa ainda desconhecida, produz uma necessidade irrefreável de balançar as pernas para que a pessoa possa se aliviar da sensação desagradável que sente nos membros inferiores, explica o neurologista. A síndrome se manifesta principalmente no período da noite e, além de provocar o mal-estar, interfere e prejudica o sono do indivíduo levando-o à insônia.

Como solução ao problema, os portadores da SPI buscam aliviar os incômodos sintomas por meio da movimentação dos músculos da perna, andando ou correndo. Porém, o conforto é somente momentâneo e ao final do dia o processo recomeça. Além dos sinais físicos, uma noite mal dormida em decorrência da Síndrome provoca irritabilidade diurna em seus portadores. Se os indícios persistem, está mais do que na hora de procurar um especialista.

O diagnóstico é um tanto curioso, já que é baseado apenas nos relatos do paciente, como explica o Dr. Adoni. “A constatação da doença é feita pela consulta clínica, na qual o médico identifica a partir das queixas os sintomas que, por exemplo, estão presentes durante o dia e ausentes no período noturno. O balançar excessivo das pernas durante a noite já é o principal indício de que a SPI está presente”.

Existem pessoas com outras patologias como insuficiência renal, diabetes e anemia que são pré-dispostas a desenvolver a Síndrome. O primeiro passo para o tratamento é suspender os medicamentos que possam desencadear a doença. Feito isso, a ingestão de cafeína, bebidas alcoólicas e o tabagismo devem ser reduzidos, já que são os principais fatores que ajudam no surgimento da enfermidade.

Tratamento

A recomendação dos profissionais é elevar o consumo de ferro, assim como a prática de exercícios físicos moderados e massagem, hábitos que auxiliam no tratamento. O neurologista comenta que, segundo relatos dos pacientes, tomar banho quente também ajuda. Quanto ao tratamento com medicamentos, aqueles que apresentam a substância dopamina são os indicados, cuja função é regular um possível desequilíbrio neurológico.

O que poucos sabem, é que a Síndrome das Pernas Inquietas está relacionada, ao menos em 80% dos casos, a outro distúrbio conhecido como Movimento Periódico dos Membros. “Essa doença é caracterizada quando um indivíduo chuta ou move as pernas durante o sono, diferente da SPI em que existe a dificuldade para dormir. É importante destacar que 80% dos casos de pessoas portadoras da doença apresenta também o Movimento Periódico dos Membros, mas apenas 30% daqueles que são diagnosticados com essa síndrome desenvolvem também a SPI, confirmando que trata-se de uma doença que está sempre relacionada a outras”, explica o médico.

O índice da doença nos idosos é alto, considerando que após os 40 anos, com o envelhecimento natural, o risco de se contrair outras doenças é maior, assim como a SPI. É válido lembrar que esse distúrbio acomete pessoas de todas as idades e as crianças também não estão livres. Para os mais jovens, o primeiro sinal de que algo está errado é a irritabilidade. Um adolescente que não tem uma boa noite de sono, provavelmente ficará agressivo e sonolento ao longo do dia.

A doença tem cura e tão importante quanto o tratamento, é o alerta à população. Com a percepção dos primeiros sinais da síndrome e um tratamento adequado, as pernas se aquietam e uma boa noite de sono será desfrutada.

Fonte: Saúde em Pauta.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Massagem Pré e Pós Treino



Saiba como esta técnica pode ser útil para os corredores tanto antes quanto depois da prática esportiva

Massagem é a manipulação sistemática dos tecidos moles do corpo. Auxilia a remoção de resíduos metabólicos tóxicos produzidos na liberação de energia e fluidos resultantes de danos estruturais no tecido muscular.


A massagem tem sido utilizada há séculos - muito antes do advento da medicina - utilizando manobras específicas (manuais, mecânicas ou elétricas) com fins terapêuticos. Pode ser localizada, visando uma determinada área, ou terapêutica, em que o relaxamento é o objetivo principal. A massagem pode ser de dois tipos: superficial ou profunda, dependendo da proximidade dos músculos em relação à pele ou aos ossos.

O parágrafo acima faz parte do Blog O2 por Minuto que no dia 25 de maio publicou artigo a respeito das técnicas de massagens para atletas, tanto antes, como depois da prática esportiva.

O artigo é do Professor da Universidade Gama Filho, Por Newton Nunes.

Confira no link:
http://o2porminuto.uol.com.br/scripts/materia/materia_det.asp?idMateria=5306&idCanal=5&stCanal=Perguntas

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Vença a preguiça e passe a viver com mais qualidade, além de afastar a obesidade.


Praticar atividade física, para muita gente, é um desafio. Falta de vontade, preguiça ou um histórico de resultados ruins são as principais justificativas para adiar o início do treino. Mas, segundo a endocrinologista da Abeso, Cláudia Cozer, todos esses fatores desaparecem quando o engajamento aos exercícios realmente acontece. “Para aproveitar os benefícios das atividades físicas, é preciso praticar uma hora, no mínimo três vezes por semana, ou 30 minutos todos os dias”, afirma.

O problema é que isso nem sempre acontece e a empolgação dura pouco na maioria das vezes. Dados do Ministério da Saúde divulgados em abril de 2010 mostram que apenas 14,7% dos adultos fazem atividades físicas no tempo livre com a regularidade necessária.

Quem vence as dificuldades só tem a ganhar com o fim do sedentarismo. A prática de atividades físicas queima calorias, ajuda no controle do colesterol, acelera o metabolismo e tonifica os músculos. “Os exercícios regulares melhoram a qualidade de vida e são essenciais para a longevidade”, explica Claudio Rangel, cardiologista do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Conforme os anos passam, a tendência à obesidade aumenta e as atividades físicas, aliadas a uma dieta balanceada, tornam-se uma das maneiras mais eficientes de combater o problema. O cardiologista lembra que seus pacientes hipertensos apresentam ótimos resultados no tratamento após a adesão a um programa de treino regular.

Uma pesquisa recente da Universidade de San Diego, nos Estados Unidos, faz eco ao que diz a especialista. Segundo o estudo, uma caminhada diária de meia hora, com uma média de cem passos por minuto, é a receita ideal para prevenir problemas de coração.

“Também vale fazer algumas mudanças na rotina, mantendo a cautela. Trocar o elevador pelas escadas, por exemplo, é indicado. Mas não adianta, de um dia para o outro, passar a subir dez andares logo cedo. É preciso ir se adaptando aos poucos, e não de um golpe só”, afirma o endocrinologista Antônio Carlos do Nascimento, da clinica Montenegro.

Não se esqueça: Antes de iniciar qualquer atividade física procure um médico e um profissional de educação física.


Adaptado de: MSN Corpo e Saúde

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Curso de Extensão em MASSAGEM E ALONGAMENTO

Carga Horária: 16h

Cidade: São Paulo

Data e Horário: 29 e 30/10/2011 (Sábado e domingo, das 8h às 16h)

Conteúdo Programático

- Apresentações
- Definições e indicação (massagem e alongamento)
- Alongamentos ativos e preparatórios para o massagista
- Movimentos de mãos em duplas. (em duplas e especificar quais os tipos de toque para contratura e stress)
- Trajetos dos meridianos
- Localização de pontos de acupuntura
- Alongamentos passivos em duplas
- Sequência ombros, pescoço
- Sequência para final de aula de ginástica em duplas, eventos e etc
- Demonstração de seqüência básica (movimentos de massagem e alguns alongamentos passivos)
- aplicação de sequência em duplas com correção de postura de atendimento.

Corpo Docente
Prof.ª Esp. Suzete Coló Roseto

Investimento
Até 20 dias antes do início do curso: R$ 60,00 + 1x R$ 130,00
Após 20 dias antes do início do curso: R$ 75,00 + 1x R$ 130,00

http://www.posugf.com.br/cursos/extensao/educacao-fisica/1874-massagem-e-alongamento

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Primeiros vencedores da Meia Maratona da Bahia relaxam na massoterapia


Os primeiros corredores que optaram pelo percurso de 4km na Meia Maratona da Bahia cruzam a linha de chegada e dão mais um pique para chegar ao relaxamento. A galera da massoterapia teve muito trabalho neste domingo (11). Os corredores que disputaram os 4km saíram às 7h15, logo depois dos atletas dos 21km. Quem iria recusar uma massagem dessas?

Sedentarismo causa 90% das lombalgias em jovens e adultos


Oito em cada dez pacientes que procuram médicos ortopedistas reclamam de problemas na coluna. A principal queixa é a lombalgia, a famosa “dor nas costas”. O ortopedista do Beneficência Portuguesa de São Paulo Edmond Barras, explica que a doença é comum em jovens e adultos e as principais causas estão relacionadas ao modo de vida dos pacientes. Para Barras existem alguns denominadores comuns que causam as dores nas costas: “Um é a vida sedentária. Os outros são a obesidade e a má postura. Somando esses problemas, encontramos 90% das causas da lombalgia”, explica o especialista.

O sedentarismo é hoje um dos principais fatores de risco para doenças graves. No caso da lombalgia, o sedentarismo contribui para o aumento das dores musculares além de prejudicar as articulações que podem atrofiar por falta de uso, causando desconforto.

O tratamento da lombalgia está relacionado ao tipo de dor e a causa, explica o especialista. “Tão ou mais importante que manter a postura ereta durante o dia é fazer o alongamento da coluna e dos músculos constantemente”, complementa Barras.

Veja algumas atitudes simples que você pode adotar para deixar de lado o sedentarismo:

1. Evite usar o elevador ou a escada rolante. Use a escada;

2. Deixe o carro na garagem para ir caminhando a lugares próximos de casa ou do trabalho, assim, além de contribuir com a sua saúde, você ainda ajuda a preservar o meio ambiente; 3. Se você trabalha fora, use a hora do almoço para fazer pequenas caminhadas, e levante-se a cada 30 minutos e caminhe pelo escritório;

4. Esqueça onde guardou o controle remoto da televisão. Levante-se para trocar de canal;

5. Se você utiliza transporte público, desça antes do ponto e caminhe;

6. Faça algumas atividades domésticas como limpar a casa ou passear com o cachorro. Arrumar a cama também ajuda;

7. Nos finais de semana, evite ficar horas à frente da televisão. Deixar o churrasquinho de lado e optar por uma corrida no parque também é uma ótima opção.
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