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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Pubalgia

Pubalgia, pubialgia ou pubeíte são termos sinônimos que identificam a dor na região do baixo abdomen, onde a musculatura se insere no osso púbis, na bacia.
A origem do problema é a solicitação excessiva da musculatura abdominal, necessária para estabilizar o tronco no momento do chute ou drible.
Este fato, somado à uma retração (encurtamento) da musculatura posterior da coxa, comumente encontrada em jogadores de futebol, origina um processo inflamatório de difícil resolução e que pode levar à cronicidade.
Muitas vezes temos também um desequilíbrio entre a musculatura abdominal e a musculatura adutora, o que tem que ser pesquisado para direcionar o tratamento.
Como o repouso necessário para o tratamento não pode ser realizado devido à necessidade do atleta manter-se em treinamento e aos inúmeros jogos, o processo inflamatório não se resolve, e cria-se uma área de tecido fibroso que, após um período, não mais responde ao tratamento conservador.
Alguns outros problemas podem confundir o diagnóstico e devem ser afastadas. Hérnias abdominais podem levar à dores na região, e têm uma relação direta com esforço físico, sendo a primeira patologia que deve ser afastada.
Também devemos nos lembrar das infecções do trato urinário (cistites, uretrites, prostatites, etc), que eventualmente podem levar à dores na região do baixo ventre podendo confundir o diagnóstico.
No atleta do sexo masculino devemos lembrar dos problemas na região do testículo (varicocele) , e nas mulheres patologias no ovário e útero também devem ser afastados.
Para confirmação diagnóstica podemos utilizar a Ressonância Magnética da região, que mostrará uma região com um processo inflamatório localizado, próxima ao púbis (osso da bacia).

O tratamento é conservador, com afastamento dos treinos e cuidados de fisioterapia no local, visando analgesia (melhora da dor) e alongamento da musculatura posterior da coxa e perna e, em segundo tempo, alongamento da musculatura abdominal.
Em casos crônicos onde o tratamento conservador não surte efeito, pode-se necessitar de uma cirurgia que objetiva a retirada do tecido cicatricial formado e liberação da musculatura abdominal que apresenta-se retraída, com bons resultados e retorno à atividade em cerca de 2 meses após o procedimento, com total restabelecimento das condições atléticas.

2 comentários:

  1. Boa noite, achei super interessante esse post, queria ter saber de qual bibliografia vc tirou esses alongamentos?queria ler mais sobre o assunto

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  2. Infelizmente não me lembro, mas segue essa serie de alongamento, muito bomhttp://www.youtube.com/watch?v=E-jnB2vWUUM&feature=fvst:

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