Páginas

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Massoterapeuta Austríaco equilibra energias da equipe olímpica de judô que vai para Londres




Peter Strubreiter já está há dois anos no Brasil

Peter Strubreiter, que trabalha com massoterapia, veio para o Brasil por causa da namorada mas se adiantou e mandou currículo para a Confederação de Judô; ganhou o emprego e vai para Londres com os atletas brasileiros. Lucio Mattos/CBJ

Tem austríaco na beira do tatame da equipe de judô que até já virou brasileiro: Peter Strubreiter, de 31 anos, já em sua segunda temporada no país, que trabalha com massoterapia. É ele o responsável pelo equilíbrio de articulações, mas também de pontos de energia no corpo dos atletas que se preparam para a Olimpíada de Londres (entre 27 de julho e 12 de agosto).

Peter explica que a técnica, que estudou por três anos na cidade de Linz, soma aspectos físicos e energia.

- Passei a me interessar pela massoterapia por minha causa mesmo, depois de várias operações e muita fisioterapia. Lutava na categoria -66 kg e passei por uma cirurgia em cada joelho, problemas no tornozelo, no ombro. Assim, ,, .

Nadador, judoca, velejador: dor é “diferente” para cada um

Formado, o ex-judoca passou a trabalhar em clínica e logo foi chamado por equipes de alto nível. Assim, acumula experiência com atletas de natação, de vela e de judô. E percebeu algumas características interessantes, em relação aos atletas desses esportes.

- O nadador é mais sensível, vamos dizer assim. Não estão acostumados com contato, com pancada, e assim uma coisa pequena se torna muito grande, se compararmos com os outros. Eles não têm essa rotina de dor que, para eles, é diferente. Os judocas têm machucados mais graves – e em todo lugar: é tornozelo, é joelho, ombro, pescoço… cotovelo… Os velejadores também são muito “quebrados” – fora que quando o vento é pouco ficam muito tempo parados em uma mesma posição e o desgaste muscular é muito grande!

Ativando e desativando pontos

A tensão aparece principalmente às vésperas das competições e é preciso ativar – e desativar – pontos de energia, para conseguir equilíbrio.

- Por exemplo: em determinados momentos a energia vai toda para coração e rins, por uma questão de “sobrevivência”. É preciso que seja mais distribuída – lembrando que no esporte de alto nível os detalhes são fundamentais.

O austríaco veio para o Brasil por causa da namorada – mas se adiantou e enviou currículo para a CBJ (Confederação Brasileira de Judô). Ganhou o emprego e segue neste ciclo olímpico. Vai para Sheffield junto com os judocas – a equipe brasileira ficará fora da Vila Olímpica por melhor concentração.

- É verdade que os brasileiros são mais abertos, no geral, em relação a técnicas paralelas que ajudam na preparação. Mas também acho que ter sido judoca facilitou que se interessassem pelo trabalho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Related Posts with Thumbnails