Uma das melhores coisas do mundo é chegar em casa depois de treinar forte – na rua ou na academia – e ter, à disposição, um “personal massage”, para cuidar dos pés, das pernas e das articulações tensas.
Os atletas constantemente precisam relaxar os músculos que se contraem na corrida, tanto para garantir a recuperação apropriada para futuras provas e treinos quanto para manter o bom funcionamento das “ferramentas” do corpo. É ai que a massagem aparece como aliada no combate ao desconforto e a dores específicas.
Automassagem faz efeito sim
No campo da automassagem, o triatleta norte-americano Rich Poley transformou sua experiência pessoal em livro. Depois de passar um final de semana inteiro se submetendo a sessões “solitárias” de massagem, enquanto treinava para disputar – e vencer – seu primeiro Ironman, em 2001, ele passou a estudar a técnica. Leu artigos e estudos, consultou terapeutas especializados e assistiu a milhares de sessões de massagem.
Poley, como resultado de tanta pesquisa, desenvolveu um método próprio, descrito no livro “Self-Massage for Atlhetes” (Automassagem para Atletas, sem lançamento previsto no Brasil) e divulgado incessantemente em palestras, pelo próprio autor. Ele garante que dez minutos de compressão e movimentos suaves em áreas musculares, depois de correr, podem aliviar tensões e dores. O único alerta que faz é que a atividade serve como auxílio complementar e não exclui a necessidade de se fazer um treinamento programado sob supervisão de um profissional especializado.
Use as próprias mãos
Uma das grandes vantagens terapêuticas da automassagem é que ela é capaz de integrar o indivíduo com seu próprio corpo e colocá-lo em contato com suas sensações. Segundo afirma Ana Claudia Ventura, terapeuta do Espaço Girassol, em São Paulo, a pessoa se determina a cuidar de si própria, o que é muito positivo. Esse tipo de terapia corporal ajuda a aliviar o estresse, o cansaço, ativa a circulação sangüínea e dá a sensação de conforto e bem-estar.
Outra dica de Ana Claudia é utilizar óleos naturais, de origem vegetal, nas sessões de automassagem. Além de permitirem um contato sem atrito, eles nutrem os tecidos da pele. Estes óleos podem ser aromatizados e devem ser aquecidos para ter maior absorção pela pele. E cada aroma pode proporcionar uma sensação diferente. “Os aromas cítricos, como a erva-cidreira e a laranja doce, têm efeito estimulante. Os doces, como o jasmim e a lavanda, são ótimos para o relaxamento. Os aromas fortes como a madeira e a canela aliviam a musculatura”, ensina a terapeuta.
Mesmo sem dominar técnicas específicas, qualquer pessoa pode realizar movimentos que garantam relaxamento e prevenção de dores ou desconforto. Confira algumas dicas da terapeuta Ana Claudia Ventura e mãos à obra.
Passo a passo
Comece a massagem pela cabeça, com movimentos circulares nas têmporas. No rosto, trabalhe de baixo para cima e de dentro para fora, com movimentos longitudinais. Desça pelo tronco e abdômen, trabalhando com movimentos circulares (eles ajudarão, inclusive, a estimular as funções do intestino). A cervical pede movimentos circulares e as laterais das costas devem ser massageadas de cima para baixo. Os pés pedem movimentos mais vigorosos, circulares entre os dedos, e na sola dos pés deve ser longitudinal nas laterais. Tente usar uma bolinha de tênis ou pedaço de bambu para acariciar os pés, jogando todo o peso do corpo sobre o objeto.
Dicas importantes
- Nas articulações (joelhos, cotovelos e punhos), realize sempre movimento circulares.
- Nos membros (mão, pés, braços e pernas), os movimentos devem sempre ser longitudinais.
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