Das lesões mais frequentes no esporte, as musculares certamente são as mais comuns. Segundo alguns estudos, estima-se que as lesões musculares abranjam de 10% a 30% das lesões esportivas. Além disso, de acordo o educador físico Marco Antônio Chagas, elas são a principal causa de afastamento de futebolistas dos gramados – por volta de 30% dos casos.
As distensões geralmente ocorrem em esportes que exigem esforço muscular explosivo, como também em esportes que exigem paradas bruscas (desaceleração) ou uma perigosa combinação de aceleração e desaceleração, como no basquete, na corrida de velocidade, em vários tipos de saltos do atletismo, no futebol americano e no futebol.
As lesões causadas por um trauma direto no corpo muscular são conhecidas como contusões, em que normalmente o músculo é pressionado contra o osso subjacente. Um bom exemplo é o famoso “tostão” no futebol, quando o joelho de um atleta choca-se contra o quadríceps do adversário, resultando em laceração muscular e sangramento. As contusões costumam estar presentes nos esportes de contato, e a musculatura do quadríceps é mais afetada, principalmente, pela sua localização e pelo seu tamanho.
As lesões indiretas são conhecidas como estiramento ou distensão. Elas são resultantes de uma força intensa aplicada na unidade musculotendinosa. Quando a força é maior do que a resistência ou excede a flexibilidade da unidade musculotendinosa, o músculo, a junção músculo-tendão ou o tendão vão se romper. Em alguns casos, a ruptura ocorre na inserção óssea da unidade musculotendinosa, resultando em fratura por avulsão.
Contusões representam a lesão primária do músculo quadríceps, e as distensões musculares são a lesão mais comum dos isquiotibiais e adutores. Normalmente resultam de desequilíbrio muscular, flexibilidade precária, estiramento excessivo, contração muscular violenta contra uma grande resistência, coordenação motora ineficaz, entre outros.
De acordo com o grau de ruptura, as distensões podem ser classificadas em leves (primeiro grau), moderadas (segundo grau) e severas (terceiro grau). Na distensão de primeiro grau, não ocorre ruptura total na unidade musculotendinosa. Pode haver um pequeno edema localizado e dor, mas não há perda significativa de força nem restrição de movimentos. Os movimentos ativos ou alongamentos passivos podem causar dor no sítio da lesão. A recuperação pode acontecer em apenas uma semana.
A distensão de segundo grau envolve uma ruptura muscular mais significativa, mas não completa. Porém resulta na perda da força muscular e limitação na movimentação ativa das articulações adjacentes. Devido à hemorragia, manchas roxas (equimose) aparecerão na região da lesão ou em localização mais inferior por causa da ação da força de gravidade. A recuperação é mais lenta e pode afastar o atleta da prática esportiva por mais ou menos três semanas.
A distensão de terceiro grau envolve a ruptura completa de um ou mais componentes da unidade musculotendinosa, e a movimentação nas articulações adjacentes é gravemente restrita. Frequentemente o sítio dessa ruptura é claramente visível. Um bom exemplo ocorre nas lesões distais do bíceps braquial, onde o local da ruptura fica claramente evidenciado. O tempo necessário para cicatrização de uma ruptura muscular completa pode chegar até 16 semanas, dependendo da localização e extensão da lesão, como também da forma de tratamento – cirúrgico ou conservador.
Conforme mencionado anteriormente, quando ocorre uma lesão na unidade musculotendinosa, os vasos sanguíneos também se rompem, consequentemente as metas iniciais do tratamento são a contenção do sangramento e também evitar a propagação da lesão. O tratamento é feito com aplicação de faixas compressivas, elevação e imobilização da extremidade lesada, crioterapia (gelo) e antiinflamatórios prescritos pelo médico.
Após as primeiras 48 horas, o alongamento passivo leve do músculo lesado deve ter início evoluindo para um programa mais intenso, conforme a tolerância do paciente. Lembrando que esses exercícios devem provocar dor mínima quando realizados. Os alongamentos balísticos devem ser evitados em virtude desse tipo de alongamento poder causar novas lesões.
Os exercícios musculares devem ser iniciados entre o segundo e o quinto dia, dependendo da natureza da lesão, obedecendo à seguinte ordem: exercícios estáticos sem carga, exercícios estáticos com carga leve, exercícios dinâmicos com cargas progressivas, treinamento funcional e proprioceptivo.
A lesão muscular é considerada totalmente tratada quando não há mais dor ou sensibilidade à contração completa do músculo. Uma vez restabelecida a função muscular, a flexibilidade das articulações adjacentes e o padrão normal de movimentos o atleta estará apto a retornar as suas atividades esportivas.
Gabriel Miranda - Redação Saúde Plena
As distensões geralmente ocorrem em esportes que exigem esforço muscular explosivo, como também em esportes que exigem paradas bruscas (desaceleração) ou uma perigosa combinação de aceleração e desaceleração, como no basquete, na corrida de velocidade, em vários tipos de saltos do atletismo, no futebol americano e no futebol.
As lesões causadas por um trauma direto no corpo muscular são conhecidas como contusões, em que normalmente o músculo é pressionado contra o osso subjacente. Um bom exemplo é o famoso “tostão” no futebol, quando o joelho de um atleta choca-se contra o quadríceps do adversário, resultando em laceração muscular e sangramento. As contusões costumam estar presentes nos esportes de contato, e a musculatura do quadríceps é mais afetada, principalmente, pela sua localização e pelo seu tamanho.
As lesões indiretas são conhecidas como estiramento ou distensão. Elas são resultantes de uma força intensa aplicada na unidade musculotendinosa. Quando a força é maior do que a resistência ou excede a flexibilidade da unidade musculotendinosa, o músculo, a junção músculo-tendão ou o tendão vão se romper. Em alguns casos, a ruptura ocorre na inserção óssea da unidade musculotendinosa, resultando em fratura por avulsão.
Contusões representam a lesão primária do músculo quadríceps, e as distensões musculares são a lesão mais comum dos isquiotibiais e adutores. Normalmente resultam de desequilíbrio muscular, flexibilidade precária, estiramento excessivo, contração muscular violenta contra uma grande resistência, coordenação motora ineficaz, entre outros.
De acordo com o grau de ruptura, as distensões podem ser classificadas em leves (primeiro grau), moderadas (segundo grau) e severas (terceiro grau). Na distensão de primeiro grau, não ocorre ruptura total na unidade musculotendinosa. Pode haver um pequeno edema localizado e dor, mas não há perda significativa de força nem restrição de movimentos. Os movimentos ativos ou alongamentos passivos podem causar dor no sítio da lesão. A recuperação pode acontecer em apenas uma semana.
A distensão de segundo grau envolve uma ruptura muscular mais significativa, mas não completa. Porém resulta na perda da força muscular e limitação na movimentação ativa das articulações adjacentes. Devido à hemorragia, manchas roxas (equimose) aparecerão na região da lesão ou em localização mais inferior por causa da ação da força de gravidade. A recuperação é mais lenta e pode afastar o atleta da prática esportiva por mais ou menos três semanas.
A distensão de terceiro grau envolve a ruptura completa de um ou mais componentes da unidade musculotendinosa, e a movimentação nas articulações adjacentes é gravemente restrita. Frequentemente o sítio dessa ruptura é claramente visível. Um bom exemplo ocorre nas lesões distais do bíceps braquial, onde o local da ruptura fica claramente evidenciado. O tempo necessário para cicatrização de uma ruptura muscular completa pode chegar até 16 semanas, dependendo da localização e extensão da lesão, como também da forma de tratamento – cirúrgico ou conservador.
Conforme mencionado anteriormente, quando ocorre uma lesão na unidade musculotendinosa, os vasos sanguíneos também se rompem, consequentemente as metas iniciais do tratamento são a contenção do sangramento e também evitar a propagação da lesão. O tratamento é feito com aplicação de faixas compressivas, elevação e imobilização da extremidade lesada, crioterapia (gelo) e antiinflamatórios prescritos pelo médico.
Após as primeiras 48 horas, o alongamento passivo leve do músculo lesado deve ter início evoluindo para um programa mais intenso, conforme a tolerância do paciente. Lembrando que esses exercícios devem provocar dor mínima quando realizados. Os alongamentos balísticos devem ser evitados em virtude desse tipo de alongamento poder causar novas lesões.
Os exercícios musculares devem ser iniciados entre o segundo e o quinto dia, dependendo da natureza da lesão, obedecendo à seguinte ordem: exercícios estáticos sem carga, exercícios estáticos com carga leve, exercícios dinâmicos com cargas progressivas, treinamento funcional e proprioceptivo.
A lesão muscular é considerada totalmente tratada quando não há mais dor ou sensibilidade à contração completa do músculo. Uma vez restabelecida a função muscular, a flexibilidade das articulações adjacentes e o padrão normal de movimentos o atleta estará apto a retornar as suas atividades esportivas.
Gabriel Miranda - Redação Saúde Plena
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