Um dos processos mais naturais da fisiologia humana – a respiração – é talvez o mais esquecido pelo ser humano. A vasta literatura existente trata apenas de sua função vegetativa, ao lado de outros sistemas como a circulação, a digestão, o funcionamento dos rins, entre outros. Mas os aspectos que envolvem a consciência respiratória e os benefícios decorrentes da correta respiração nem sempre são lembrados pelos especialistas.
No livro Respiração: pura alquimia, lançado pela editora Alfabeto, a socióloga Manúcia Passos Lima faz um relato detalhado de experiências científicas e de sua vivência oriental, através de viagens à Índia e de pesquisas sobre o tema, mostrando que respirar adequadamente pode ser um dos caminhos para se viver melhor e por mais tempo. Fique ligado e Marque Presença é o nome de seu segundo livro, que será lançado em Belo Horizonte nesta quarta-feira, às 19h30, na Faculdade Estácio de Sá, um convite a ver a vida como um empreendimento.
De acordo com a escritora, 25% de todo o oxigênio que absorvemos vai para o cérebro, sendo que a maior parte dos adultos somente respira um terço da capacidade pulmonar. “Isso significa que nosso cérebro só recebe, em média, um terço do que poderia estar acumulando de oxigênio”, comenta.
A socióloga explica que ao respirar, os pulmões se abrem e o cérebro encolhe e ao expirar, ocorre o inverso, ou seja, os pulmões murcham e o cérebro expande. Manúcia Lima defende o que ela chama de respiração ampla. “Geralmente, as pessoas com respiração restrita são mais ansiosas”.
A respiração ampla promove duas massagens internas. A primeira é a cerebral, capaz de proporcionar reflexos, sentidos e a memória mais aguçados. Essas pessoas têm menos necessidade de dormir, de comer e de falar. A segunda é a pulmonar. “A respiração correta é a que trabalha o diafragma. Imagine o diafragma como um pára-quedas aberto. Ao inspirar, ele contrai na direção do assoalho pélvico, massageando os órgãos abdominais”, explica Manúcia Lima.
A criança, por exemplo, tem mais facilidade em desenvolver a respiração ampla porque ainda não adquiriu os “defeitos” dos adultos como o estresse e a ansiedade. A respiração corre solta, trabalhando até mesmo o baixo ventre. À medida que a criança vai crescendo, ela passa a se enquadrar ao sistema, e desenvolve uma respiração mais contida e também mais superficial. “A qualidade da respiração está estritamente relacionada à intensidade de estresse, ao excesso de cigarro, à falta de qualidade de vida, à má postura e à vida sedentária. Por isso, pessoas cada vez mais jovens são acometidas de paradas cardíacas, aneurismas, pressão alta e outras doenças”, alerta a socióloga.
O primeiro passo para trabalhar a respiração, garante Manúcia, é prestar atenção nela. Para isso, ela sugere diferentes práticas que devem ser feitas diariamente (veja quadro). Uma delas é que a pessoa coloque a ponta da língua no palato, ou seja, enrole a língua e leve a ponta para trás, como se fosse engoli-la. Além de desobstruir as vias respiratórias, ajuda a fortalecer o sistema imunológico.
Outra técnica é puxar e soltar o ar pelo nariz. Uma das maiores preocupações dos especialistas é a síndrome do respirador bucal, doença em que a criança apresenta dificuldades de respirar com a boca fechada por não ter sido amamentada no peito da mãe. “Essa criança pode desenvolver dificuldade de aprendizado e de interação social”.
Para Manúcia Lima, a respiração ideal é aquela desenvolvida tranqüilamente, pelo nariz (tanto puxar quanto soltar o ar) e conscientemente. “Massagens uma vez por semana, meditação e momentos tranqüilos devem ser conquistados dia a dia. Períodos tensos como trânsito, reunião com cliente, apresentação e momentos em que você é testado, levam o corpo a se tensionar e a respiração a ficar contida”, acrescenta. Informações: www.respirarte.com.br.
Fonte:
(Ellen Cristie/ Bem Viver)
No livro Respiração: pura alquimia, lançado pela editora Alfabeto, a socióloga Manúcia Passos Lima faz um relato detalhado de experiências científicas e de sua vivência oriental, através de viagens à Índia e de pesquisas sobre o tema, mostrando que respirar adequadamente pode ser um dos caminhos para se viver melhor e por mais tempo. Fique ligado e Marque Presença é o nome de seu segundo livro, que será lançado em Belo Horizonte nesta quarta-feira, às 19h30, na Faculdade Estácio de Sá, um convite a ver a vida como um empreendimento.
De acordo com a escritora, 25% de todo o oxigênio que absorvemos vai para o cérebro, sendo que a maior parte dos adultos somente respira um terço da capacidade pulmonar. “Isso significa que nosso cérebro só recebe, em média, um terço do que poderia estar acumulando de oxigênio”, comenta.
A socióloga explica que ao respirar, os pulmões se abrem e o cérebro encolhe e ao expirar, ocorre o inverso, ou seja, os pulmões murcham e o cérebro expande. Manúcia Lima defende o que ela chama de respiração ampla. “Geralmente, as pessoas com respiração restrita são mais ansiosas”.
A respiração ampla promove duas massagens internas. A primeira é a cerebral, capaz de proporcionar reflexos, sentidos e a memória mais aguçados. Essas pessoas têm menos necessidade de dormir, de comer e de falar. A segunda é a pulmonar. “A respiração correta é a que trabalha o diafragma. Imagine o diafragma como um pára-quedas aberto. Ao inspirar, ele contrai na direção do assoalho pélvico, massageando os órgãos abdominais”, explica Manúcia Lima.
A criança, por exemplo, tem mais facilidade em desenvolver a respiração ampla porque ainda não adquiriu os “defeitos” dos adultos como o estresse e a ansiedade. A respiração corre solta, trabalhando até mesmo o baixo ventre. À medida que a criança vai crescendo, ela passa a se enquadrar ao sistema, e desenvolve uma respiração mais contida e também mais superficial. “A qualidade da respiração está estritamente relacionada à intensidade de estresse, ao excesso de cigarro, à falta de qualidade de vida, à má postura e à vida sedentária. Por isso, pessoas cada vez mais jovens são acometidas de paradas cardíacas, aneurismas, pressão alta e outras doenças”, alerta a socióloga.
O primeiro passo para trabalhar a respiração, garante Manúcia, é prestar atenção nela. Para isso, ela sugere diferentes práticas que devem ser feitas diariamente (veja quadro). Uma delas é que a pessoa coloque a ponta da língua no palato, ou seja, enrole a língua e leve a ponta para trás, como se fosse engoli-la. Além de desobstruir as vias respiratórias, ajuda a fortalecer o sistema imunológico.
Outra técnica é puxar e soltar o ar pelo nariz. Uma das maiores preocupações dos especialistas é a síndrome do respirador bucal, doença em que a criança apresenta dificuldades de respirar com a boca fechada por não ter sido amamentada no peito da mãe. “Essa criança pode desenvolver dificuldade de aprendizado e de interação social”.
Para Manúcia Lima, a respiração ideal é aquela desenvolvida tranqüilamente, pelo nariz (tanto puxar quanto soltar o ar) e conscientemente. “Massagens uma vez por semana, meditação e momentos tranqüilos devem ser conquistados dia a dia. Períodos tensos como trânsito, reunião com cliente, apresentação e momentos em que você é testado, levam o corpo a se tensionar e a respiração a ficar contida”, acrescenta. Informações: www.respirarte.com.br.
Fonte:
(Ellen Cristie/ Bem Viver)
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