Artigo escrito pelo Médico e Mountain Biker Franklin de Livramento de Nossa Senhora na fronteira sul da Chapada da Diamantina muito interressante para homens e mulheres ciclistas .
Vários estudos científicos tentam provar que a prática de ciclismo poderia exercer influência na predisposição, desencadeamento e agravamento da impotência sexual e esterilidade masculinas. Até o momento, nenhuma conclusão definitiva, mas sempre essa discussão volta à tona. Em relação às queixas relacionadas ao selim da bicicleta, a dor no períneo (do grego peri = ao redor de e naion = ânus, é a região do tronco situada inferiormente ao diafragma da pelve ou região anatômica entre o saco escrotal ou a vagina e o ânus) e as parestesias (dormência ou formigamento) na região peniana – no homem - ou nos grandes lábios – na mulher - são as mais freqüentes. Alguns modelos de selim causam mais incômodos do que outros.
Mas, até mesmos os ditos assentos ergonômicos para proteger os órgãos sexuais podem ser nocivos, pois o tamanho inadequado do selim, a má regulagem da bicicleta e o estilo de pedalar influenciariam tanto no aparecimento, quanto no agravamento das queixas. Quando estamos sentados em uma cadeira, o peso do corpo fica sustentado nos ísquios (ossos da bacia) e na região glútea, mas quando nos sentamos em uma bicicleta, há um aumento na pressão exercida sobre a região do períneo. Isso reduziria o fluxo sangüíneo para o pênis e bolsa escrotal. E nos praticantes de mountain bike, poderia haver traumatismos provocados pelo selim.
A maior parte das pessoas não pedala tempo suficiente para apresentar queixas. Os pesquisadores estimam que 5% dos homens que andam de bicicleta podem desenvolver disfunção erétil severa a moderada. Mas, esses estudos deixam de correlacionar o ciclismo e outros fatores como predisposição genética, problemas circulatórios, tabagismo, alcoolismo, consumo de drogas ilícitas, doenças sistêmicas como hipertensão arterial ou diabetes, uso de medicamentos, biótipo e peso corpóreo do ciclista, além de fatores psicológicos.
Os fabricantes desenharam novos modelos de selins com recortes, divisões e acolchoamentos de gel para aliviar a pressão nas partes sensíveis do corpo, aliando conforto e desempenho.
As pesquisas também aumentaram. Desde o ano de 2000, vários estudos foram desenvolvidos, usando instrumentos sofisticados para determinar exatamente o que acontece quando a anatomia humana é apoiada sobre o selim da bicicleta e os efeitos dessas pressões sobre as estruturas anatômicas internas da pelve.
Nos homens, uma camada no períneo chamada de canal de Alcock, contém uma artéria e um nervo responsáveis pela circulação e sensibilidade do pênis. O canal corre junto a um osso e quando o ciclista se senta em um selim estreito, duro e mal regulado, a artéria e o nervo são comprimidos. Com o tempo, uma redução do fluxo sangüíneo pode levar a um decréscimo na pressão necessária para que ocorra a ereção completa e eficiente.
Nas mulheres, as mesmas artérias e nervos envolvem o clitóris e podem sofrer os mesmos danos.
Os pesquisadores estão usando uma variedade de métodos para estudar a compressão causada por selins diferentes. Um dos métodos recobre o selim com uma capa contendo 900 sensores de pressão. A distribuição do peso do ciclista então é registrada por um computador. Em outra técnica, sensores chamados oxímetros são colocados no pênis do ciclista para medir o oxigênio vindo das artérias abaixo da pele. O fluxo sangüíneo é detectado por outros sensores que enviam sinais sonoros a um Doppler, determinando as alterações ocorridas.
A pesquisa mostra que quando os ciclistas sentam-se em um selim clássico, com formato de gota e nariz longo, um quarto do peso de seu corpo descansa no nariz, colocando pressão no períneo. A quantidade de oxigênio que chega ao pênis em geral cai entre 70 e 80% em três minutos.
Isso não significa que as pessoas devem parar imediatamente de pedalar. Principalmente aqueles que praticam o ciclismo não competitivo, no entanto, ciclistas que passam muitas horas pedalando, em treinamento intenso, precisam tomar cuidado. Investindo em um selim mais seguro, devidamente regulado, com desenho ergonômico, vazado na parte central, adaptado à anatomia masculina ou feminina, bem como ao biótipo do ciclista.
Atualmente, há no mercado várias opções de tecnologia em selins ergonômicos, que visam à prevenção de lesões circulatórias e neurológicas relacionadas à disfunção erétil e esterilidade masculina. Portanto, pedale com eficiência , conforto e, principalmente, com segurança. Prevenção é tudo!
Franklin Passos de Araújo Júnior - Médico e Mountain Biker.
Vários estudos científicos tentam provar que a prática de ciclismo poderia exercer influência na predisposição, desencadeamento e agravamento da impotência sexual e esterilidade masculinas. Até o momento, nenhuma conclusão definitiva, mas sempre essa discussão volta à tona. Em relação às queixas relacionadas ao selim da bicicleta, a dor no períneo (do grego peri = ao redor de e naion = ânus, é a região do tronco situada inferiormente ao diafragma da pelve ou região anatômica entre o saco escrotal ou a vagina e o ânus) e as parestesias (dormência ou formigamento) na região peniana – no homem - ou nos grandes lábios – na mulher - são as mais freqüentes. Alguns modelos de selim causam mais incômodos do que outros.
Mas, até mesmos os ditos assentos ergonômicos para proteger os órgãos sexuais podem ser nocivos, pois o tamanho inadequado do selim, a má regulagem da bicicleta e o estilo de pedalar influenciariam tanto no aparecimento, quanto no agravamento das queixas. Quando estamos sentados em uma cadeira, o peso do corpo fica sustentado nos ísquios (ossos da bacia) e na região glútea, mas quando nos sentamos em uma bicicleta, há um aumento na pressão exercida sobre a região do períneo. Isso reduziria o fluxo sangüíneo para o pênis e bolsa escrotal. E nos praticantes de mountain bike, poderia haver traumatismos provocados pelo selim.
A maior parte das pessoas não pedala tempo suficiente para apresentar queixas. Os pesquisadores estimam que 5% dos homens que andam de bicicleta podem desenvolver disfunção erétil severa a moderada. Mas, esses estudos deixam de correlacionar o ciclismo e outros fatores como predisposição genética, problemas circulatórios, tabagismo, alcoolismo, consumo de drogas ilícitas, doenças sistêmicas como hipertensão arterial ou diabetes, uso de medicamentos, biótipo e peso corpóreo do ciclista, além de fatores psicológicos.
Os fabricantes desenharam novos modelos de selins com recortes, divisões e acolchoamentos de gel para aliviar a pressão nas partes sensíveis do corpo, aliando conforto e desempenho.
As pesquisas também aumentaram. Desde o ano de 2000, vários estudos foram desenvolvidos, usando instrumentos sofisticados para determinar exatamente o que acontece quando a anatomia humana é apoiada sobre o selim da bicicleta e os efeitos dessas pressões sobre as estruturas anatômicas internas da pelve.
Nos homens, uma camada no períneo chamada de canal de Alcock, contém uma artéria e um nervo responsáveis pela circulação e sensibilidade do pênis. O canal corre junto a um osso e quando o ciclista se senta em um selim estreito, duro e mal regulado, a artéria e o nervo são comprimidos. Com o tempo, uma redução do fluxo sangüíneo pode levar a um decréscimo na pressão necessária para que ocorra a ereção completa e eficiente.
Nas mulheres, as mesmas artérias e nervos envolvem o clitóris e podem sofrer os mesmos danos.
Os pesquisadores estão usando uma variedade de métodos para estudar a compressão causada por selins diferentes. Um dos métodos recobre o selim com uma capa contendo 900 sensores de pressão. A distribuição do peso do ciclista então é registrada por um computador. Em outra técnica, sensores chamados oxímetros são colocados no pênis do ciclista para medir o oxigênio vindo das artérias abaixo da pele. O fluxo sangüíneo é detectado por outros sensores que enviam sinais sonoros a um Doppler, determinando as alterações ocorridas.
A pesquisa mostra que quando os ciclistas sentam-se em um selim clássico, com formato de gota e nariz longo, um quarto do peso de seu corpo descansa no nariz, colocando pressão no períneo. A quantidade de oxigênio que chega ao pênis em geral cai entre 70 e 80% em três minutos.
Isso não significa que as pessoas devem parar imediatamente de pedalar. Principalmente aqueles que praticam o ciclismo não competitivo, no entanto, ciclistas que passam muitas horas pedalando, em treinamento intenso, precisam tomar cuidado. Investindo em um selim mais seguro, devidamente regulado, com desenho ergonômico, vazado na parte central, adaptado à anatomia masculina ou feminina, bem como ao biótipo do ciclista.
Atualmente, há no mercado várias opções de tecnologia em selins ergonômicos, que visam à prevenção de lesões circulatórias e neurológicas relacionadas à disfunção erétil e esterilidade masculina. Portanto, pedale com eficiência , conforto e, principalmente, com segurança. Prevenção é tudo!
Franklin Passos de Araújo Júnior - Médico e Mountain Biker.
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