Para quem pensa que correr só basta ter a planilha feita por um treinador, um tênis e um frequencimetro, está muito enganado, exercícios para fortalecer a musculatura são de extrema importância para a saúde de nossos músculos e articulações. Vou utilizar um exemplo para se ter uma idéia mais ampla.
A corrida pode ser considerada, dentro de uma visão simplista, uma série de pequenos saltos de um pé para o outro que se repete por alguns metros a vários kilômetros.
Durante cada aterrissagem do pé no solo o corredor fica exposto a forças de impacto repetidas estimadas em duas a três vezes o seu próprio peso corporal. Aplicando este fato a um corredor de 70 kg de peso, que realiza durante a corrida uma média de 250 aterrissagens por pé por kilômetro percorrido, durante um kilômetro cada pé irá suportar 38 a 57 toneladas de força.
Corredores com média de 60 a 120 km/sem podem expor seu corpo à aproximadamente 16.000 a 32.000 impactos por perna por semana, o equivalente a 2.400 a 7.200 toneladas de força. Incrível não é mesmo.
Exatamente pelo exemplo dado que temos que fortalecer nossa musculatura, a corrida por si só exige do praticante uma estrutura muscular forte o suficiente para estabilizar todas as articulações envolvidas nessa atividade, deve-se procurar fortalecer principalmente músculos da perna, coxa, quadril, estes, recebem muito impacto durante a corrida.
Os músculos da região peitoral, costas e paravertebrias são responsáveis pela estabilização do tronco e toda a saúde da coluna vertebral, consequentemente, da boa postura, fundamental para qualquer corredor.
Mas neste artigo em especial, vamos falar de uma região muscular na qual se sente constrangida, com a careta e mau humor de muitos quantos seus respectivos treinadores pedem para se executar exercícios relacionado a ela: o abdômen!
Os músculos abdominais fazem parte da região ântero-lateral do tronco e incluem o reto abdominal, os oblíquos externos, oblíquos internos e o transverso abdominal. O reto abdominal é um músculo longo e superficial conhecido popularmente como “tanquinho”. Os outros três músculos são dispostos na região lateral do tronco, sendo o oblíquo externo o mais superficial e o transverso abdominal o mais profundo.
Esses músculos apresentam grande importância na estabilização da coluna lombar e no controle do posicionamento do tronco no espaço. Lembrando que a coluna é uma das estruturas que fazem parte do CORE (Na anatomia, o Core refere-se, na sua definição mais geral, ao corpo menos os braços e as pernas), e, por isso, a estabilização desta região influenciará no posicionamento e movimentação dos segmentos mais distais do corpo, como os membros superiores e inferiores.
Desta forma, o fortalecimento adequado dos abdominais favorece a biomecânica correta dos membros inferiores durante a corrida, que por sua vez estando em um posicionamento mais correto diminuirá o estress sobre os músculos e articulações de nosso corpo, diminuindo o risco de lesões típicas causadas pelo impacto, como canelites, síndrome da banda ílio-tibial, fratura por estress entre outras. Por isso, é extremamente importante realizar o fortalecimento destes músculos!
Rogério Silva
A corrida pode ser considerada, dentro de uma visão simplista, uma série de pequenos saltos de um pé para o outro que se repete por alguns metros a vários kilômetros.
Durante cada aterrissagem do pé no solo o corredor fica exposto a forças de impacto repetidas estimadas em duas a três vezes o seu próprio peso corporal. Aplicando este fato a um corredor de 70 kg de peso, que realiza durante a corrida uma média de 250 aterrissagens por pé por kilômetro percorrido, durante um kilômetro cada pé irá suportar 38 a 57 toneladas de força.
Corredores com média de 60 a 120 km/sem podem expor seu corpo à aproximadamente 16.000 a 32.000 impactos por perna por semana, o equivalente a 2.400 a 7.200 toneladas de força. Incrível não é mesmo.
Exatamente pelo exemplo dado que temos que fortalecer nossa musculatura, a corrida por si só exige do praticante uma estrutura muscular forte o suficiente para estabilizar todas as articulações envolvidas nessa atividade, deve-se procurar fortalecer principalmente músculos da perna, coxa, quadril, estes, recebem muito impacto durante a corrida.
Os músculos da região peitoral, costas e paravertebrias são responsáveis pela estabilização do tronco e toda a saúde da coluna vertebral, consequentemente, da boa postura, fundamental para qualquer corredor.
Mas neste artigo em especial, vamos falar de uma região muscular na qual se sente constrangida, com a careta e mau humor de muitos quantos seus respectivos treinadores pedem para se executar exercícios relacionado a ela: o abdômen!
Os músculos abdominais fazem parte da região ântero-lateral do tronco e incluem o reto abdominal, os oblíquos externos, oblíquos internos e o transverso abdominal. O reto abdominal é um músculo longo e superficial conhecido popularmente como “tanquinho”. Os outros três músculos são dispostos na região lateral do tronco, sendo o oblíquo externo o mais superficial e o transverso abdominal o mais profundo.
Esses músculos apresentam grande importância na estabilização da coluna lombar e no controle do posicionamento do tronco no espaço. Lembrando que a coluna é uma das estruturas que fazem parte do CORE (Na anatomia, o Core refere-se, na sua definição mais geral, ao corpo menos os braços e as pernas), e, por isso, a estabilização desta região influenciará no posicionamento e movimentação dos segmentos mais distais do corpo, como os membros superiores e inferiores.
Desta forma, o fortalecimento adequado dos abdominais favorece a biomecânica correta dos membros inferiores durante a corrida, que por sua vez estando em um posicionamento mais correto diminuirá o estress sobre os músculos e articulações de nosso corpo, diminuindo o risco de lesões típicas causadas pelo impacto, como canelites, síndrome da banda ílio-tibial, fratura por estress entre outras. Por isso, é extremamente importante realizar o fortalecimento destes músculos!
Rogério Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário