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terça-feira, 1 de maio de 2012

Fisioterapeuta de Sato trata esterilidade e faz propaganda na Indy



Fujikawa trata dores de cabeça, insônia e até esterilidade

Sessões de fisioterapia fazem parte da rotina de atletas profissionais, mas na Fórmula Indy o japonês Takuma Sato tem a seu lado um profissional que pode auxiliá-lo além da recuperação de lesões. Nesta temporada, ele passou a trabalhar com seu compatriota Atsushi Fujikawa, que aproveita a oportunidade de viajar ao lado do piloto da Rahal-Letterman-Laningan para fazer propaganda de seus tratamentos e dotes para curar também outros problemas, como dores de cabeça, insônia e até esterilidade.

A etapa paulistana da Fórmula Indy foi disputada neste domingo no circuito de rua montado na região do Anhembi e teve vitória do australiano Will Power, com Takuma Sato em uma surpreendente terceira colocação. Foi o primeiro pódio do nipônico, com pasagem pela Fórmula 1, desde que chegou à categoria norte-americana, em 2010. O melhor brasileiro em São Paulo foi Hélio Castroneves, em quarto.

"Posso fazer só uma massagem, trabalhar na recuperação após exercícios físicos ou tratamento de quiropraxia. E também posso auxiliar na parte mental, mas são coisas totalmentes diferentes", alerta o profissional japonês, que utiliza as mãos para curar as enfermidades de seus clientes, independentemente de suas naturezas. "O que influencia é a pressão da mão e como você aperta. Os pontos de controle são atrás da orelha e na pélvis, são nesses lugares em que trabalho", explica.

O trabalho de Atsushi Fujikawa com Takuma Sato começou nesta temporada da Indy. Funcionário desde 2006 de uma empresa japonesa que patrocina Takuma Sato, o fisioterapeuta foi indicado para trabalhar ao lado de seu compatriota, que defendeu Jordan, BAR e Super Aguri na Fórmula 1. Na categoria de elite do automobilismo mundial, o competidor nipônico tem como melhor resultado o terceiro lugar no Grande Prêmio dos Estados Unidos de 2004. "Sempre me interessei pelo assunto, porque na Fórmula 1 todos os pilotos têm o seu fisioterapeuta. Na Indy não é tão comum de ver, mas estou muito feliz que Atsushi esteja comigo e com certeza seu trabalho está ajudando minha pilotagem", avaliou Sato, que tenta manter uma relação pessoal com seu compatriota, para que ele tenha o máximo de informação possível a seu respeito.

A temporada da Indy teve início em 25 de março, com o Grande Prêmio de Saint Petersburg, e desde então Fujikawa viaja ao lado do piloto japonês e da equipe Rahal-Letterman-Laningan. Os envolvidos na categoria já passaram pelo Alabama e Long Beach, antes de chegarem a São Paulo no último fim de semana. Nas etapas, o fisioterapeuta aproveita o espaço que as equipes utilizam para divulgar seus comunicados à imprensa e deixa propagandas de seus tratamentos.
"É a minha primeira temporada e tem sido fantástico viajar com todo mundo. Pude ver dentro dos motores, é fantástico, mas um pouco barulhento. E às vezes venta muito e fica frio, mas é bastante divertido. Os caras da equipe são muito legais, Takuma também. É meu primeiro ano trabalhando nos Estados Unidos e todo mundo me ensina coisas o tempo inteiro. É muito bom para mim", avaliou o fisioterapeuta, que costuma visitar os boxes e, orgulhoso, filmou a entrevista de Sato após vê-lo terminar no pódio. Atualmente, a principal preocupação de Fujikawa é com uma antiga lesão de Sato no ombro direito. Quando dirige em circuitos com muitas ondulações, como o de São Paulo, o piloto japonês fica com dores na região do pescoço que o atrapalham no prosseguimento de suas atividades.

Por isso, após o warm-up, em que Sato se envolveu em um pequeno acidente com o brasileiro Tony Kanaan, o fisioterapeuta atendeu o piloto japonês. Horas depois, o competidor se mostrou à vontade na pista e, mesmo largando do 25º lugar, aproveitou as bandeiras amarelas e relargadas para progressivamente ganhar posições na classificação. Em uma das manobras mais ousadas da corrida, ultrapassou Dario Franchitti e Hélio Castroneves de uma só vez no S do Samba.

"Já tratei alguns jogadores de futebol americano, mas é completamente diferente de um piloto. Takuma precisa ficar com o corpo relaxado quando dirige. Não pode dirigir duro, fazer grandes movimentos, tem que ter sensibilidade para controlar o carro", afirmou Fujikawa, que chegou a ser confundido com Sato por torcedores que passeavam pela garagem da Indy na manhã de domingo em São Paulo.

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