Wilma Rudolph em foto de 1984
No dia 25 de agosto de 1960 iniciaram-se os Jogos Olímpicos de Roma, em que a norte-americana Wilma Rudolph tornou-se uma estrela do atletismo ao vencer as provas de 100e 200 metros rasos.
Os Jogos Olímpicos de 1960 entraram para a história na Alemanha como o primeiro grande espetáculo transmitido pela televisão. Diante dos seus aparelhos nas salas de estar, as famílias de maior poder aquisitivo puderam acompanhar Armin Hary quebrando o recorde mundial nos 100 metros e Martin Lauer estabelecendo a melhor marca do mundo nos 110 metros com barreiras.
Mas a grande estrela da competição foi a norte-americana Wilma Rudolph, a "gazela negra", que praticamente revolucionou as provas de curta distância. Ela havia nascido em Clarksville, no estado do Tennessee, a 23 de junho de 1940, como a filha de número 20. Depois dela, vieram mais dois irmãos. Aos 4 anos, teve uma pneumonia dupla, agravada por uma escarlatina. Pouco depois, teve paralisia infantil, que deixou sua perna esquerda paralisada por vários anos.
Doenças ajudaram a desenvolver perseverança
Neste tempo, teve todo o carinho e a atenção da família. Com muito exercício, massagem e persistência, ela aprendeu a acreditar nas próprias forças. Talvez tenha sido isso que a reergueu. Todos os dias, treinava bola ao cesto, até que, aos 8 anos, deixou a prótese e voltou a caminhar.
Aos 14 anos, foi um dos destaques do time de basquete do seu estado. Um ano depois, classificou-se para a equipe de revezamento dos Estados Unidos, que ganhou a medalha de bronze nos Jogos de 1956, em Melbourne. Cansada do estresse nas pistas, resolveu fazer uma pausa até 1959.
Entrementes, a "gazela" havia atingido 1,80 metro de altura e seu estilo elegante de correr conquistava as arquibancadas. Seu auge foi atingido nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960, quando venceu as provas de 100 e 200 metros rasos e na equipe de revezamento 4 x 100.
Karin Jäger (rw)
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