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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Técnicas de Energia Muscular


A técnica de energia muscular é um método da terapia manual desenvolvida por Fred Mitchell. Pode ser utilizada amplamente em um espectro diverso de disfunções vivenciadas constantemente por Osteopatas e Fisioterapeutas como, por exemplo: dor miofascial, lombalgia e fibromialgia.

Tal técnica foi adaptada para massoterapeutas licenciados na Europa e EUA nos anos de 1980.A técnica de energia muscular com relaxamento pós-isométrico (TEM/RPI) é um método manipulativo no qual o indivíduo utiliza ativamente seus músculos a partir de uma posição controlada em uma direção específica contra uma força contrária, a fim de restituir a mobilidade articular e reduzir quadros álgicos decorrentes do espasmo muscular. Baseia-se no fato de que, após uma contração pré-alongamento de um músculo retraído, esse músculo irá relaxar como resultado da inibição autogênica e será alongado mais facilmente. Pode ser aplicada para alongar músculos encurtados, fortalecer músculos enfraquecidos e mobilizar articulações com mobilidade restrita. É indicada a pacientes com sintomatologia dolorosa do sistema locomotor, que apresentem atividade articular normal, porém musculatura encurtada ou com espasmo.
Como usar as técnicas de energia muscular

Encontrar a barreira de resistência é o primeiro procedimento para a realização da TEM’s. Esta barreira, de acordo com Prentice (2003), consiste no ponto de amplitude de movimento em que os tecidos necessitam de uma certa força passiva para a continuação do movimento.

Uma vez encontrada a barreira de resistência as TEM’s podem ser iniciadas. De acordo com Chaitow, o paciente/cliente não deve ser instruído a contrair o músculo agonista mais do que 20%. Já para Prentice (2003), o músculo agonista deve ser contraído em aproximadamente 20 a 25% de sua força disponível. O terapeuta deve oferecer uma resistência suficiente, compatível com a contração isométrica do paciente. Esta contração deve ser mantida por 10 segundos, tempo necessário para que o Órgão Tendinoso de Golgi possa ser estimulado para promover um efeito neurofisiológico inibitório sobre o fuso muscular e, consequentemente, sobre o tônus muscular. Isso possibilita levar o músculo a uma nova amplitude de movimento. Depois da contração isométrica há um período de latência em torno de 25 a 30 segundos, durante o qual o músculo pode ser alongado. Pode-se solicitar ao paciente o uso da musculatura antagonista para distender a área tratada em uma nova amplitude de movimento (utilização de inibição recíproca). Além disso, a estrutura pode ser passivamente movida para a nova barreira de resistência. Para que haja um ganho controle neuromuscular e eficiência estrutural e funcional na nova amplitude de movimento para o paciente, o terapeuta deve realizar exercícios de estabilização e neuromuscular e de estabilização central após as TEM’s. Ademais, deve fornecer orientações sobre técnicas de auto-alongamento com o intuito de manter a amplitude de movimento recém-adquirida. Atualmente para ter acesso a essa ferramenta o massoterapeuta deverá fazer cursos de aperfeiçoamento e especializações.
ABRAMC

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