Aos pacientes com síndrome do ombro congelado (SOC) recomenda-se a realização de técnicas de mobilização gleno-umeral (ênfase no limite final da ADM) e mobilização escápula torácica, com o intuito de restaurar a extensibilidade normal da cápsula e tecidos moles. Comumente, acredita-se que a identificação de subgrupos homogêneos permite uma correspondência mais específica de modalidades de tratamento.
Neste ensaio clínico aleatório, os indivíduos foram distribuídos por 3 grupos homogêneos de acordo com regras previamente estabelecidas (RPC): 1- grupo de controle (n = 11), 2- grupo critério de controle (n = 12) e 3- grupo critério de intervenção (n = 11). Os grupos 2 e 3 foram considerados, segundo as RPC, os mais crônicos e por isso menos suscetíveis de apresentar melhorias. Relativamente ao tratamento, ao grupo 1 e ao grupo 2 foram aplicadas técnicas de fisioterapia convencionais e, ao grupo 3, aplicaram-se as mesmas técnicas e adicionalmente técnicas de mobilização gleno-umeral e mobilização escápula-torácica. A ADM do complexo do ombro, o nível de funcionalidade e o ritmo escápulo-umeral foram os parâmetros avaliados à 4ª e 8ª semanas de tratamento.
Tanto o grupo 1, como o grupo 3 apresentaram melhorias em todos os parâmetros ao contrário do grupo 2. Não houveram diferenças significativas nos efeitos do tratamento entre o grupo 1 e grupo 3. Ambos os grupo 2 e 3, apresentavam um nível de cronicidade superior ao grupo 1, e somente o grupo 1 e 3 apresentaram melhorias, concluiu-se que técnicas de mobilização gleno-umeral (no final da ADM) e técnicas de mobilização escápula-torácica levam a uma redução dos sintomas característicos do SOC e que a identificação e utilização de subgrupos homogêneos, de fato aumenta os efeitos do tratamento.
From: Yang et al, Man Ther 17 (2012) 47-52. Todos os direitos reservados a Elsevier Ltd.
Traduzido por Joana Borges de Azevedo, Fisioterapeuta e MSc.
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