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sábado, 8 de janeiro de 2011

A pubalgia pode tornar-se crônica se não for tratada adequadamente


Começa com uma dor na região da virilha, nas coxas, às vezes fraca e não muito bem definida. Com o tempo, se não tratada, pode se tornar uma doença crônica.

Por causa dessa característica, a pubalgia – uma inflamação na região do púbis – muitas vezes não é diagnosticada nem comentada. Mas a dor provocada pela doença restringe movimentos.

No início, ela pode ser confundida com uma simples dor muscular. Depois, pode ainda ocorrer o diagnóstico de hérnia inguinal (hérnias que ocorrem na região da virilha), infecção urinária e fratura. Isso acontece porque quando a lesão é leve não há grandes alterações visíveis em um exame de raio X.

Em qualquer um dos casos, quanto antes o problema for detectado, melhor e mais rápida deverá ser a recuperação do paciente.

Em mais de 90% dos casos, o tratamento é clínico.
Quando se trata de uma situação de mais gravidade, porém, pode ser necessário fazer uma cirurgia para correção da inflamação.

A pubalgia pode ocorrer, por exemplo, em mulheres grávidas, mas é mais frequente em homens e, especialmente, em atletas. Isso porque eles são submetidos a uma carga de treinamento e a um excesso de impacto na região.

Os sintomas :

Dor na região púbica, principalmente ao levantar, sentar e ao tossir

Aumento da dor com apoio unipodal e exercícios de alta intensidade (corrida)

Sensação de ardor na região da virilha

Crepitação na sínfise púbica

Espasmos de adutor

Diminuição da amplitude de movimento do quadril

Possível dor lombar

Marcha Anserina (marcha com rotação lateral dos membros inferiores)

No futebol, dor no primeiro passe ou chute

Os sintomas da pubalgia são na maioria das vezes causados pelo desequilíbrio muscular entre os músculos abdominais e adutores. A ação dos abdominais leva a uma elevação pélvica e os adutores acabam por tracionar, afastando a sínfise púbica, levando então a um stress ligamentar e inflamação local.

Outro grupo muscular que interfere neste desequilíbrio biomecânico são os posteriores da coxa (isquiotibiais). Quando estes estão encurtados ocorre uma tração lombar, potencializando o desequilíbrio de abdominais de adutores, principalmente no movimento de chute do futebol.

Tratamento - O tratamento inicial é sempre conservador. Repouso completo, administração de antiinflamatórios e aplicação de compressa de gelo por quinze minutos no local, para aliviar a dor. Pode-se alongar levemente os músculos abdominais, adutores e isquiotibiais (nos casos de término da dor, alongar normalmente).

A fisioterapia tem papel fundamental no re-equilíbrio muscular e no retorno as atividades desportivas. O tratamento cirúrgico só é utilizado caso o tratamento conservador falhe.

Um comentário:

  1. FISGADAS NA VIRILHA” LESÕES DOS MÚSCULOS ADUTORES DA COXA
    Os músculos adutores da coxa são estabilizadores do quadril e desempenham importante papel durante da corrida. O estiramento destes músculos é relativamente freqüente e acomete entre 10 e 18 % dos esportistas.

    A lesão aguda geralmente ocorre durante a atividade física e caracteriza-se por um movimento de abdução forçada contra a resistência (afastamento lateral da coxa). Neste momento o atleta apresenta uma dor súbita na região da virilha, irradiando para a parte medial (interna) da coxa e às vezes para a região abdominal baixa. O hematoma após a lesão é freqüente e pode às vezes atingir grandes proporções.

    Alguns fatores de risco podem ser apontados nas lesões dos adutores, como a diminuição da força, a limitação no afastamento das coxas e o baixo condicionamento muscular. Além disto podemos encontrar anormalidades biomecânicas nos membros inferiores, como a pronação excessiva dos pés, a assimetria dos membros inferiores (diferenças de comprimento), o desequilíbrio muscular e a fadiga. Embora não haja estudos controlados para comprovar os últimos fatores predisponentes, programas de prevenção têm focado em alguns destes fatores, propiciando uma prevenção mais efetiva destas lesões.

    O exame físico é marcado pela dor localizada na região da virilha ou na parte medial da coxa (região interna), palpação dolorosa da musculatura envolvida e dor na realização do movimento ativo de adução (aproximação das coxas).

    Devemos lembrar que outras lesões podem simular os mesmos sintomas e sinais do estiramento dos adutores, como a compressão do nervo obturatório no quadril, a sinfisite púbica e outras doenças do quadril.

    A localização da lesão também apresenta implicação na evolução do tratamento, pois aquelas localizadas na transição músculo-tendão, que são as mais freqüentes, apresentam maiores condições de reparo do que nas áreas de transição tendão-osso onde a vascularização é mais limitada.

    Os exames de imagem como o ultra-som e a ressonância magnética podem ser usados para identificar e confirmar o diagnóstico formulado durante a história e o exame clínico.

    Lesões de grandes proporções (superiores a 50 % do músculo apresentam tendência a seqüelas, como formação de áreas de fibrose, dolorimento tardio e perda da flexibilidade local.

    O tratamento deve incluir repouso relativo, permitindo as atividades de vida diária suportadas pelo paciente, uso de muletas na fase aguda, bolsas de gelo sobre o local doloroso, antiinflamatórios não esteróides e analgésicos sob prescrição médica e fisioterapia (crioterapia eletroterapia, massagem, exercícios ativos progressivos, hidroterapia).

    Finalmente o atleta retorna ao esporte em 3 a 8 semanas dependendo da lesão e da forma de tratamento empregada.

    Nas lesões crônicas não tratadas, o uso dos antiinflamatórios não tem se mostrado eficiente na literatura. A fisioterapia através de vários métodos pode levar meses até que as sensações de dor e limitação dos movimentos sejam normalizadas, o que algumas vezes pode não acontecer definitivamente.


    As lesões dos músculos adutores podem ser recorrentes e muitas vezes são causadas por retorno precoce ao esporte, sem que a lesão tenha sido adequadamente diagnosticada e tratada. A ausência de dor no repouso ou nos movimentos de baixa intensidade não significa que a lesão está curada. O mais comum nestas lesões é a pessoa voltar a sentir dor em 2 a 3 semanas após o primeiro episódio.

    O tratamento cirúrgico está indicado nos casos de dor crônica após 6 meses de tratamento conservador e está indicado em condições especiais após avaliação criteriosa de um especialista.

    Devemos atentar para os fatores predisponentes no sentido de evitar que tais complicações voltem a ocorrer, pois as lesões subseqüentes podem causar limitações mecânicas e e também emocionais para a continuidade do esporte.

    Portanto, trate suas lesões o mais rapidamente possível para evitar seqüelas !

    Entre em contato com o DR Lucas
    dr.lucasnmendes@yahoo.com.br

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