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segunda-feira, 18 de julho de 2016

TOQUE HUMANO - FISIOLOGIA OU COMPROVAÇÃO DE EFEITOS FISIOLÓGICOS?



O neurocientista inglês Francis McGlone, da área de pesquisa e desenvolvimento da multinacional Unilever, e uma equipe da Universidade de Gotemburgo (Suécia) descobriram, em 2008, uma fibra nervosa, a fibra-C, que responde pela sensação de prazer originária de um toque agradável. Uma vez ativada, essa fibra leva a sensação ao córtex órbito-frontal (a área do cérebro que regula as emoções e está relacionada aos sistemas de recompensa e compaixão), o que causa a liberação de hormônios ligados ao bem-estar. Entre eles está a oxitocina, o “hormônio do amor”, que, além de influenciar no estabelecimento e na manutenção de relacionamentos, estimula a confiança e reduz os níveis do cortisol, o hormônio do estresse. 

McGlone ressalta que as fibras-C não têm relação com o prazer experimentado ao se friccionar órgãos sexuais, nem com as palmas das mãos ou as solas dos pés. Segundo o neurocientista, a fórmula perfeita para um toque carinhoso é fazê-lo numa extensão entre quatro e cinco centímetros de comprimento por segundo, aplicando dois gramas de pressão por centímetro quadrado. McGlone salienta ainda que as mensagens de prazer originárias do toque seguem da pele para o cérebro por fibras nervosas similares às que enviam a sensação de dor – o que explicaria, por exemplo, por que um estímulo de dor é aliviado quando a região em que surge é imediatamente massageada ou acariciada.


Edição 466 - Julho/2011 –Revista Planeta.
Instituto do toque Miami - 2008

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