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segunda-feira, 11 de julho de 2016

Os efeitos da massagem no alívio da dor e na recuperação muscular


A massagem terapêutica, assim como a acupuntura e a quiropraxia são técnicas há muito tempo conhecidas na medicina alternativa e complementar para aliviar a dor muscular, o estresse, para relaxar e também para prevenir dores e injúrias do tecido muscular e conectivo.
A massagem terapêutica, assim como a acupuntura e a quiropraxia são técnicas há muito tempo conhecidas na medicina alternativa e complementar para aliviar a dor muscular, o estresse, para relaxar e também para prevenir dores e injúrias do tecido muscular e conectivo. Estudos tem mostrado que a massagem tem ação na moderação do processo inflamatório muscular, melhora a circulação sanguínea e reduz a rigidez do tecido, prevenindo contraturas musculares e resultando na diminuição da sensação de dor (Gay et al., 2013).
O potencial dos benefícios dessas terapias alternativas vão além da recuperação muscular esportiva, beneficiando pessoas de todas as faixas etárias com o alivio de dores, fadiga e má postura, incluindo pessoas idosas que sofrem com lesões muscoesqueléticas e de problemas inflamatórias como artrite e artrose.
Mais de 18 milhões de pessoas submetem-se à prática de massagem nos Estados Unidos e os efeitos em nível celular são cada vez mais evidentes na literatura científica. Sabe-se que um estiramento ou extensão da musculatura esquelética resulta numa sinalização intracelular, onde ocorrerá alterações físicas na membrana das células musculares, afim de ativar proteínas específicas e interleucinas que disparam o gatilho do processo inflamatório. Portanto, pessoas que se submetem a massagem terapêutica recuperam-se mais rapidamente da inflamação muscular. Um estudo da McMaster University, de Ontário, no Canadá, mostrou jovens que foram submetidos a exercícios físicos extenuantes (pedalar) e dez minutos depois da prática esportiva somente uma das pernas foi submetida a massagem terapêutica. Os pesquisadores colheram amostras do quadríceps (músculo da parte anterior da coxa) das duas pernas dos jovens em três ocasiões: antes do exercício, 10 minutos depois e 3h mais tarde. Eles constataram que depois do exercício, as células apresentavam mais evidências de inflamação e de sinais de autorreparo dos danos do que antes, mas além disso, as células do tecido massageado tinham 30% a mais de genes reparadores envolvidos no processo de transformar nutrientes em energia, bem como 300% menos de proteínas que indicavam genes envolvidos na inflamação (Crane et al., 2012). Ou seja, a massagem é capaz de prevenir e/ou reduzir o processo inflamatório, ajudando substancialmente no processo de recuperação da musculatura pós exercício. Logo, o fato de as sessões trazerem alívio da dor chama atenção e corrobora com os achados da massagem diminuir o processo inflamatório.
O número cada vez mais alto de pessoas que aderem às terapias alternativas está de acordo com a diminuição no número de medicamentos analgésicos e antiflamatórios ingeridos por estes indivíduos, comprovando os efeitos terapêuticos e a eficácia dessas práticas milenares.
Giovana Brolese
Dra. Neurociências - UFRGS
Referências
Crane JD, Ogborn DI, Cupido C, Melov S, Hubbard A, Bourgeois JM and Tarnopolsky MA (2012) Massage therapy attenuates inflammatory signaling after exercise-induced muscle damage. Science Translational Medicine. 4 (119), 119ra13.
Gay CW, Alappattu MJ, Coronado RA, Horn ME and Bishop MD (2013) Effect of a single session of muscle-biased therapy on pain sensitivity: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Journal of Pain Research. 6, 7–22.

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