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terça-feira, 19 de julho de 2016

Massagem reduz dores musculares tardias (DMT)



Massagistas fazem parte das comitivas de corredores de elite por um bom motivo — o mesmo que explica as longas filas para massagens após a linha de chegada, nas corridas — mesmo as massagens mais intensas são uma delícia. Segundo os corredores, uma boa massagem ajuda a diminuir a tensão muscular e a aumentar a amplitude dos movimentos, além de relaxar e recompensar os atletas por seu esforço. “Eu digo que elas promovem até um bem-estar psicológico: é confortante receber uma massagem após a corrida”, diz Eduardo Marino, massoterapeuta formado pelo IBMR (Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação).
 Segundo muitos terapeutas, a massagem alivia os músculos doloridos, promove a circulação, elimina toxinas e ácido lático do corpo e alivia a tensão nas articulações. Mas só agora a ciência começa a revelar o que é verdade e sobre seus benefícios.
A boa notícia
A massagem aplica pressão em movimento nos músculos e outros tecidos, como tendões, ligamentos e fáscia (que envolve os músculos, como uma capa). “Essa energia amolece o tecido fascial e relaxa os músculos enrijecidos”, explica JoEllen. Além disso, remove aderências entre a fáscia e os músculos (pontos onde ambos estão grudados, restringindo o movimento muscular). A notícia é especialmente boa para você, corredor, porque seu corpo depende de articulações e músculos ágeis para ter desempenho máximo e sem dores.
Estudos publicados no Journal of Athletic Training e no British Journal of Sports Medicine constataram que a massagem após os exercícios reduziu a intensidade das dores musculares tardias (DMT) — aquela sensação de enrijecimento nas pernas que começa dois dias após o esforço. Outra pesquisa sugere que ela melhora a função imune e ainda ajuda a reduzir inflamações. “Uma massagem adequada pós-corrida trabalha o músculo para amenizar um processo inflamatório, colaborando para a recuperação do atleta”, afirma Marino. Mark Rapaport, pesquisador da Emory University (EUA), descobriu que basta uma massagem para aumentar o número de vários tipos de linfócitos (glóbulos brancos essenciais para o combate a infecções) e, ao mesmo tempo, diminuir os níveis de cortisol (o “hormônio do estresse”, relacionado à inflamação crônica). Uma massagem também pode ajudar a conter doenças crônicas: “A inflamação sistêmica está associada a uma série de efeitos nocivos, como ataque cardíaco e AVC”, diz Rapaport.
A pesquisa de Crane encontrou menos inflamação nos membros massageados — e 30% a mais de um gene que ajuda as células musculares a produzir mitocôndrias (os “motores” que transformam o alimento de uma célula em energia e que facilitam seu reparo). “Isso sugere que a massagem poderia fazer com que os corredores tolerassem mais exercício e um treino mais pesado”, diz.

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