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terça-feira, 24 de agosto de 2010

O que traz mais benefícios, correr ou caminhar?


Antes de responder à pergunta, é importante saber que, quando iniciamos uma atividade física, é comum estarmos descondicionados para começarmos com uma corrida. Assim, até por forças da circustâncias, acabamos optando pela caminhada.

Passado algum tempo, por condições normais de melhora do grau de condicionamento físico, a caminhada começa a perder espaço para pequenos trotes, para corridas intervaladas com caminhadas mais intensas, até por fim se sobressair somente a corrida. Essa é a história natural do começo de quase todos corredores.

Analisando por esse prisma, a corrida é um grau mais avançado da caminhada? Depende, pois se levarmos em consideração que essas duas atividades são cíclicas (movimentos repetitivos em sua execução), que ambas são predominantemente aeróbias e que permitem um grande tempo em sua execução, qual modalidade teria mais vantagem sobre a outra?

Aí que entra o discernimento sobre o seu objetivo. Se você tem a compreensão de que atividades longas e de baixa intensidade são as melhores para queimas de gordura, deve-se perceber como está o condicionamento do praticante para distinção se é melhor caminhar ou trotar leve. A ideia é elevar a frequência cardíaca num patamar entre 65 a 70% da frequência máxima e possibilitar à pessoa uma sensação de conforto que permita a atividade por uma longa duração. Dessa maneira, estará sendo executada a opção correta que otimizará a queima de gordura.

De nada vale correr numa intensidade mais elevada, pois a mesma exigirá um suprimento de energia que terá como sua principal fonte a queima de carboidratos. Até então, toda essa explicação vem do lado fisiológico. O que muitos profissionais acabam não se importando é sobre os outros sistemas que são fundamentais para tais modalidades.

O sistema músculo esquelético, que compõe os ligamentos, tendões, articulações, músculos e ossos, é o que sai, com uma escolha inadequada da atividade, mais castigado e se torna o grande limite de uma maior aderência à prática dessas atividades. Muitas vezes, pessoas com sobrepeso estão aptas do ponto de vista cardiorrespiratório a fazerem um trote, mas não na parte de tendões e articulações. A prática do trote, com movimentos de impacto repetitivos, acaba gerando, no decorrer do tempo, o início de algumas lesões que podem ser extremamente prejudiciais no futuro da pessoa.

Daí a importância de um trabalho paralelo, de fortalecimento muscular, nas regiões musculares que circundam as articulações mais solicitadas na prática dessas modalidades, que seriam os músculos estabilizadores de uma boa postura, fundamental para a parte biomecânica, tanto na caminhada como na corrida. Feito esse trabalho simultâneo, também devemos se atentar para uma boa biomecânica da marcha, com exercícios educativos e corretivos, que terá influência direta na biomecânica da corrida.

Uma pessoa correndo numa postura mais adequada sofrerá um índice muito menor de lesões e desenvolverá em seu corpo um grande potencial de solicitação muscular, que fará a diferença no futuro. Por tudo, aos corredores que subestimam a caminhada, vale refletir como ela pode ser vantajosa do ponto de vista biomecânico. Aos caminhantes aspirantes de corrida, o recomendado é perceber como a mesma deve ocorrer gradativamente do ponto de vista cardíaco, respiratório e muscular.

Assim, a caminhada e a corrida se completam, dependendo da pessoa e da fase de treinamento em que se encontra.
Fonte:saúde plena

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