Pubalgia

Que assunto complexo para os esportistas não?! Pois é. Mas não é somente para eles. Segundo Darren et a., (2016) é considerado uma situação complexa, caracterizada por dor crônica na região do púbis. É uma condição de difícil compreensão, envolvendo sinais e sintomas que convergem com outras patologias dificultando o seu diagnóstico. 

Tem uma etiologia multifatorial, mas baseadas em duas teorias: a primeira é devida a complexidade da inervação da área, ocorrendo a compressão de nervos, tais como, o ilioinguinal e genitofemoral. Por outro lado a segunda teoria diz a respeito da biomecânica, onde, uma situação que causa alteração no equilíbrio estrutural pode comprometer estruturas adjacentes, ocasionado problemas (Hegedus et al., (2012).  Oliveira et al (2016) por meio de seu estudo caso ocorra uma discrepância de forças, por exemplo, abdominais enfraquecidos e adutores fortalecidos, existe uma grande probabilidade de lesões, levando a uma instabilidade pélvica. . Outras causas podem estar associadas com a pubalgia, como problemas urológicas, doenças reumatológicas e afins, entretanto, existe uma forte associação com atividades esportivas que exijam alternância de direção ou movimentos repetitivos (Darren et al., 2016). 

Tendo o futebol como um dos esportes com maior taxa de incidência.  Neste cenário, que acomete diversos atletas o papel do fisioterapeuta é muito importante tanto na prevenção quanto tratamento dessa patologia.  Cabe ao profissional realizar uma avaliação minimalista, eliminando outras hipóteses de lesões, doenças inflamatórias/infecciosas, realizar exame físico, palpação, teste de força e outros testes específicos para que possa acertar no diagnóstico. Lembrando que uma boa avaliação garante o sucesso do seu tratamento.  Já que o assunto é tratamento terapêutico Hegedus et al. (2012) defendem que se deve iniciar por uma abordagem mais central, reduzindo ou eliminando a dor, e, posteriormente, tratar como um todo as estruturas que podem estar correlacionadas com a lesão.