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domingo, 11 de janeiro de 2015

Exposição em Bauru mostra a trajetória do massagista Mário Américo


O massagista Mário Américo na concentração da Seleção Brasileira durante o Mundial de 1958, na Suécia, quando o Brasil conquistou seu primeiro título

O massagista Mário Américo foi, sem sombra de dúvida, um dos grandes nomes por trás dos grandes craques do futebol brasileiro. Após desistir de ser músico e lutador de boxe, ele se tornou o mais antológico massagista do futebol brasileiro, trabalhando em sete Copas do Mundo consecutivas, de 1950 a 1974, período em que a Seleção Brasileiro faturou três vezes o Mundial, em 1958, 1962 e 1970.
Lembrado com carinho por todos os ex-jogadores com quem trabalhou, ficou conhecido como ‘mãos de ouro’ por recuperar atletas apenas com uma massagem forte – em um período em que a medicina esportiva ainda não contava com recursos avançados em tecnologia. Mário Américo nasceu em Monte Santo, interior de Minas Gerais, no dia 28 de julho de 1912, e morreu em 9 de abril de 1990, em São Paulo.
Agora, o massagista será tema de uma exposição no Sesi-Bauru a partir da próxima quarta-feira (14 de janeiro), seguindo até 1º de março, com entrada gratuita. A curadoria é de João Kulcsár. “Mário Américo transformou a figura do massagista no mundo futebolístico, que passou a ter reconhecimento. Os jornalistas tinham que mencionar o nome de Mário nas legendas das fotos dos jornais, pois ele sempre aparecia no registro oficial do time”, destaca o curador.


Carreira

Mário Américo sonhava em ser músico na infância, mas quis o destino que virasse pugilista, chegando a subir em ringues na Europa, no final da década de 1930. Iniciou a carreira de massagista em 1937, no Madureira, clube carioca onde lutava. Especializou-se em 1942, na Escola Nacional de Educação Física, e trabalhou em clubes como Vasco da Gama e Portuguesa, além da Seleção Brasileira, onde foi o massagista oficial das Copas de 1950 a 1974.
Na mostra, há fotografias, objetos pessoais e uma linha do tempo relembrando fatos que marcaram o futebol brasileiro nas décadas de 1950, 1960 e 1970 – contextualizando o período em que Mário Américo acompanhou a Seleção Brasileira.
O público terá ainda a oportunidade de conferir um vídeo produzido especialmente para a mostra: com depoimentos inéditos de ex-jogadores que fizeram história, entre os quais Rivellino, Pepe e Zé Maria.
A exposição Mário Américo, o Massagista da Seleção Brasileira faz parte do projeto Espaço Galeria Sesi-SP, que apresenta exposições itinerantes com linguagens e formatos distintos. As diferentes mostras circulam por unidades do Sesi-SP durante 11 meses, permanecendo até 45 dias em cada cidade.
O curador
João Kulcsár é mestre em Artes pela Universidade de Kent, Canterbury (Reino Unido), com bolsa do British Council, foi professor visitante na Universidade de Harvard, EUA, pela Comissão Fulbright. Também já foi curador de exposições fotográficas no Brasil como Claudia Andujar e Cristiano Mascaro, e no exterior.

  • Serviço
A unidade do  Sesi Bauru que receberá a exposição sobre Mário Américo fica na Rua Rubens Arruda, 8-50, Altos da Cidade. Período de visitação: de 14 de janeiro a 1º de março de 2015 - de segunda a sexta. Horários: das 9h às 20h; e aos sábados, das 8h às 12h, com entrada gratuita. Informações e agendamento para visitas educativas e oficinas podem ser feitas pelo seguinte telefone: (14) 3104-3900

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