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quarta-feira, 25 de junho de 2014

As canelites na corrida


As dores nas pernas são queixas muito frequentes nos corredores e as “canelites” representam 6% a 16% de todas as lesões nos corredores.
A “canelite”, considerada uma lesão por sobrecarga no esporte, é o nome popular da síndrome do estresse tibial medial (SETM), primeiramente descrita como uma dor induzida pelo exercício e localizada especificamente na margem posterior e interna (medial) da tíbia. Outras denominações são encontradas na literatura, tais como: a “dor na perna induzida pelo exercício” e a “tibialgia”.
Embora vários estudos tenham procurado estabelecer as causas exatas para o surgimento da dor na “canelite”, esta questão permanence ainda não resolvida. Até recentemente, a teoria mais aceita é a inflamação do tecido que recobre o osso da tíbia (periósteo), gerada pela tração dos músculos sóleo e flexor longo dos dedos, além do tecido que recobre os músculos, a fáscia profunda.
Mais recentemente, estudos apresentam a teoria de que a “canelite” não corresponde a uma inflamação, mas sim a uma resposta de formação e absorção de osso, secundária à tração que os músculos exercem sobre a tíbia.
A sensação de “dor óssea”, gerada durante a corrida e aterrissagem dos saltos, tem uma evolução progressiva. No início, a dor apresenta baixa intensidade, mas pode evoluir para grande intensidade, impossibilitando o atleta de continuar o treinamento.
A dor tem uma extensão de 4 a 6 cm, localizada principalmente na margem posterior e interna (medial) da tíbia. Os sintomas podem durar dias a meses e provocar mudanças no rendimento do atleta. Os movimentos do pé e tornozelo geralmente não desencadeiam dor, porém os movimentos de alongamento do músculo sóleo e os saltos com uma perna podem ser sintomáticos.
Os fatores predisponentes ao aparecimento das canelites são ainda amplamente discutidos, tais como: a pronação excessiva, as atividades de impacto repetitivo, o aumento súbito na freqüência, intensidade e duração da atividade esportiva, o treinamento em superfícies rígidas, algumas técnicas de treinamento, calçados inadequados, os desequilíbrios musculares, as deficiências de flexibilidade, os índices de massa corporal elevados, as lesões pregressas e as anormalidades biomecânicas.
A ressonância magnética é o melhor método de imagem para o diagnóstico específico de cada estágio, fornecendo dados mais confiáveis à respeito da duração e da extensão da lesão. O entendimento da evolução desta lesão é de grande importância para o acompanhamento clínico e o tratamento do atleta.
As formas de tratamento são inicialmente conservadoras, através da utilização de medicamentos (sob prescrição), as compressas com gelo (crioterapia), os exercícios de alongamento, as modificações no treinamento e as correções biomecânicas, dentre outros métodos. O tratamento cirúrgico fica reservado aos casos mais duradouros e sem melhora com os métodos conservadores.
Por: Cristiano Laurino
A periostite ou como é popularmente chamada canelite é um problema que aflige os praticantes de diversas modalidades com destaque para a corrida de rua.
Periostite – Canelite - Síndrome do Estresse Tibial Medial, qualquer que seja o nome que você ouviu trata-se da mesma coisa, a inflamação do periósteo que é a membrana mais externa do osso. A periostite pode ter diversas causas, inclusive doenças como sífilis e artrite ou ser ainda ser causada por uma fratura no osso. No nosso caso iremos falar da periostite causada pela prática de exercícios repetitivos, como a corrida ou saltos em modalidades como basquetebol e voleibol.
A periostite é caracterizada por uma dor na parte medial da perna (na canela), que geralmente piora quando a intensidade do exercício aumente e algumas vezes pode ser sentida até durante o repouso. O diagnóstico pode ser feito por um médico através de exame físico, os exames por imagem como ressonância magnética e cintilografia podem ser usados para fazer a confirmação, sendo a radiografia de pouca utilidade, pois o resultado será normal.
Atenção:
A periostite deve ser tratada adequadamente pois aumenta o risco da fratura por stress.
Periostite e exercício
Causas
Como já disse é o esforço repetitivo que leva ao quadro de inflamação. Então porque pessoas que praticam a mesma atividade sofrem com o problema e outras não?
Existem estudos que apontam a pronação excessiva e/ou aumento da velocidade máxima de pronação como causa direta da periostite. Outras possíveis causas são a prática da atividade em terrenos excessivamente duros, terrenos acidentados e também o uso de calçados inadequados.
Tratamento
A primeira providência a ser tomada quando há a desconfiança da periostite é diminuir o volume e a intensidade do exercício e dependendo do caso suspendê-lo por completo. Uma opção para não ficar parado é fazer exercícios na bicicleta ergométrica ou na água.
Confirmado o diagnóstico, o tratamento é feito com o uso de anti-inflamatórios, gelo e fisioterapia. Não existe um consenso sobre o tempo que a suspensão das atividades deve ser mantida, mas seu retorno deve ser gradual e só após o desaparecimento dos sintomas.
Há ainda a possibilidade de uma intervenção cirúrgica nos casos crônicos que não respondem ao tratamento convencional.
Prevenção
A prevenção da periostite pode ser feita através de:
Exercícios de alongamento do tríceps sural,
Correção da técnica de corrida;
Escolha adequada do terreno para treinar;
Uso de calçado adequado;
Troca periódica do calçado
Musculação e fortalecimento da musculatura da panturrilha
Programas de treinamento graduais.
Cuide das suas pernas e bons treinos!


Publicado por Profª Esp. Denise Carceroni em jan 22, 2013 em Corrida, Exercícios, Qualidade de Vida,

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