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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

A DOR NO OMBRO E A DEGENERAÇÃO DA ARTICULAÇÃO CROMIOCLAVICULAR




O ombro é formado por algumas articulações e dentre elas a articulação acromioclavicular (AC), situada entre a clavícula e a escápula. A parte específica da escápula que faz contato com a clavícula é chamada de acrômio, daí o nome da articulação acromioclavicular (AC). Esta articulação tem importância nos movimentos do ombro e constitui-se de fibrocartilagem e ligamentos, como outras articulações maiores.
Os problemas mais comuns que ocorrem na articulação AC são a artrite degenerativa, as fraturas e as luxações (perda do contato perfeito entre os ossos com separações).
As artrites degenerativas são condições caracterizadas pela perda de cartilagem na articulação AC, acompanhada de deformidade óssea e sintomas como dor e inchaço, especialmente durante a atividade. A dor se localiza na parte superior do ombro, mais precisamente no ponto de contato entre os dois ossos, onde é facilmente palpável.
Os atletas mais frequentemente acometidos pela artrite degenerativa são aqueles que realizam atividades esportivas com grande demanda de força dos membros superiores, tais como: levantadores de peso, arremessadores, praticantes de artes marciais, nadadores, tenistas, dentre outras. Algumas atividades de musculação também são associadas ao aparecimento de dor e degeneração da AC.
Não há atualmente técnica eficaz na substituição da cartilagem danificada pela artrite e, como consequência, a forma primária de controlar os sintomas é modificar as atividades, de modo a não agravar a situação, reduzindo ou interrompendo a realização de determinados exercícios que provoquem o agravamento dos sintomas.
A avaliação médica é geralmente complementada pelos exames de diagnóstico por imagem, como radiografias simples, ultrasonografia e a ressonância magnética.
Algumas formas de tratamento podem ser empregadas, como a crioterapia (gelo), a fisioterapia e os medicamentos conforme prescrição médica. O tratamento cirúrgico se reserva aos casos de dor persistente e sem melhora após 3 a 6 meses de tratamento clínico e fisioterápico.
Cuide dos seus ombros e bons treinos!
Dr. Cristiano Laurino é Mestre em Ortopedia e Traumatologia pela UNIFESP. Diretor Científico do Comitê de Traumatologia Desportiva da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Membro da American Academy of Orthopaedic Surgeons (AAOS). Médico do Clube de Atletismo BM&F/BOVESPA. Diretor Médico da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).
 
Coluna publicada originalmente na Corredores S/A 88

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