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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Por que as pessoas abandonam os exercícios físicos?


Os dias mais quentes ficam para trás e aumentam as camadas de roupa para esconder o corpo com a chegada do frio. Esta parece ser a época certa para pensar em deixar a academia de lado, depois de uma temporada de exercícios intensos para exibir um corpo em ordem no verão. Pelo menos é o que mostram os números: o período com menor procura e maior desistência de alunos começa no outono e segue inverno adentro.

Praticar exercícios fortalece os músculos, melhora os reflexos, aumenta o bem-estar, a velocidade do andar e a flexibilidade, garante mobilidade e reduz os riscos de doença cardiovascular. Com tantas vantagens, o que faz as pessoas desistirem do compromisso com a saúde e permanecerem sedentárias? A Psicologia do Esporte, ciência criada na metade do século passado, já arrisca respostas certeiras.

Os teóricos da disciplina sabem que não basta a informação nem um modelo de sucesso para que as pessoas mudem de atitude e deixem de ser sedentárias. Porém, acreditam que, apesar de informação não ser suficiente para mudar os hábitos comportamentais, um sistema de conhecimento ajuda o indivíduo a persistir, explica o psicólogo André Pércia de Carvalho, autor do livro “Gol de Cabeça: saiba como o domínio da mente pode influenciar seu desempenho esportivo”.

Pércia de Carvalho exemplifica a afirmação com modos de organização do pensamento, como o auto-questionamento, o ato de escrever um diário, entre outros, que são métodos que ajudam cada um a criar os próprios significados para a importância da atividade física na própria vida. "Os métodos para criar um significado para o esporte na própria vida envolvem a reflexão sobre o que provoca em si o prazer, o desejo de superar as limitações físicas ou a socialização com pessoas com quem se tenha afinidade", sugere.

Atenção, corredores!

O problema, alerta uma pesquisa divulgada pelo "American College of Sports Medicine" há dois anos, é que a fase de parada favorece um ganho de peso maior do que o perdido durante a prática esportiva. "As pessoas deveriam ter em mente que os benefícios do exercício não são um depósito de banco. O que afeta a saúde é o que fazem hoje, e não o que costumavam fazer", alerta o pesquisador Paul Williams, do departamento de ciências da vida do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, na Califórnia (EUA).

A conclusão do estudo é que aqueles que corriam pequenas distâncias (até oito quilômetros por semana) estavam mais sujeitos a ganhar peso quando pararam do que os que se exercitavam mais. Não se sabe ao certo quanto tempo de parada levaria ao ganho de peso, mas especula-se que de seis meses a um ano.

A pesquisa mostra ainda que a diminuição nas distâncias da corrida causa ganhos significativos de peso em todos os níveis, mas o aumento na balança é progressivamente maior à medida que o corredor se aproxima do sedentarismo.

Especialistas brasileiros acreditam que o aumento de peso pode ser explicado pelos hábitos alimentares adquiridos durante a prática dos exercícios. A pessoa se propõe a nadar três vezes por semana e, por conta disso, passa a ingerir mais calorias. Então, pára de frequentar, não diminui a ingestão de comida e adquire quilos extras.

Isso ocorre porque, em geral, quanto menos uma pessoa se exercita, menos se compromete com a atividade e tem menos disposição para fazer compensações (como diminuir a ingestão calórica) a fim de evitar ganhos de peso, se parar de praticá-la.

Fonte:saúde plena

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