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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Mundial de Perth: Tempestade cancela regatas nesta terça-feira

Depois de uma segunda-feira em que todas as regatas programadas foram corridas no Mundial de Vela de Perth (ISAF Sailing World Championship), a terça-feira no oeste australiano foi de tempestade, raios e trovões e apenas alguns poucos match races puderam ser realizados. Bom para a equipe de Juliana Senfft, Renata Decnop e Luciana Kopschitz que correu um match e venceu o trio sueco, garantindo 100% de aproveitamento com duas vitórias em dois matchs até agora para aparecer em quinto lugar geral no Grupo B. As demais classes: Laser Radial, 470 Masculino, RS:X feminino e Finn não tiveram regatas realizadas.

O quarto dia de competições no campeonato mundial unificado das classes olímpicas da ISAF, que garante 75% das vagas dos países para as olimpíadas de Londres 2012 e é a primeira etapa da seletiva brasileira de atletas para os jogos, começou bastante nublado e com muita chuva. Ao longo da manhã, enquanto a série de regatas do Match Race Feminino já acontecia, as condições foram se deteriorando e o número impressionante de raios elétricos que caia do céu obrigou a organização do campeonato a suspender as provas e chamar todos os velejadores para terra, a fim de evitar qualquer acidente mais grave. Desta forma, todos os treinos foram também suspensos e, pela primeira vez em meses, a localidade de Fremantle não teve nenhum veleiro olímpico singrando suas águas.

Reparação

Além de Juliana Senfft e sua equipe, outros brasileiros puderam comemorar uma vitória em Perth nesta terça-feira. A dupla da EBV - Equipe Brasileira de Vela, na classe 470 masculina, Fábio Pillar e Gustavo Thiesen, do Rio Grande do Sul, venceu um protesto contra a Comissão de Regatas. A dupla teve o seu OCS (On Course Side), a largada escapada, na primeira regata anulado. Eles vão contar na súmula a média de pontos da fase classificatória como a pontuação da regata perdida.

"O nosso assessor de regras, Flávio Naveira, foi fundamental no protesto e conseguiu que contássemos a média das próximas regatas como pontuação para reparar o erro da Comissão. Isso foi importantíssimo para nós, não só porque recupera a confiança perdida, mas também porque nos permite velejar com a cabeça tranquila sabendo que nosso resultado final só dependerá de nosso próprio desempenho na água", comemora o timoneiro Fábio Pillar.

Mesmo com a impossibilidade de velejar, os atletas da EBV seguiram firmes na sua preparação para as provas. Os medalhistas olímpicos e campeões mundiais da classe Star, Robert Scheidt e Bruno Prada, que só estreiam no domingo, foram ao clube para fazer ajustes no barco e preparar algumas velas para o treino de quarta. As velejadoras do 470 feminino, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan, também aproveitaram o estio e o incrível céu azul que apareceu no fim da tarde para dar alguns retoques no barco.

"Para nós o campeonato só começa na segunda-feira, mas é importante mantermos o foco e seguirmos trabalhando até lá", conta a sempre profissional Fernanda Oliveira, primeira velejadora do país a conquistar uma medalha olímpica, o bronze na 470 em Pequim 2008.

Boa parte do restante da equipe ficou no hotel para fazer massagem terapêutica com os profissionais que a CBVM trouxe do Brasil.

"Estou com uma pequena inflamação nas costas e poder ter este dia involuntário de descanso e fazer ainda mais massoterapia foi ótimo para mim", relata a windsurfista Patrícia Freitas que, por enquanto, é a melhor colocada da equipe nacional neste Mundial.

Para quarta-feira estão previstas mais duas regatas para as classes Laser Radial, 470 Masculino, RS:X feminino e Finn e o prosseguimento das disputas de Match Race do Grupo B que está com seu calendário bastante atrasado. A previsão é de ventos fortes de sueste e céu parcialmente nublado, sem chuvas.

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