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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Massagem no futebol


FUTEBOL É UM ESPORTE DE RISCO E NECESSITA CUIDADOS PROFISSIONAIS

As lesões musculares dos esportistas continuam sendo um tema atualizado e apaixonante para os especialistas que têm a grande responsabilidade de manter em excelentes condições a estrutura osteomioarticular dos atletas, possibilitando assim um melhor rendimento físico, técnico e tático. O maior incidente de lesões em esportes coletivos entre todos os esportes de perigo continua sendo o futebol.

Para evitar o problema, recomenda-se uma avaliação médica antes de praticar qualquer tipo de exercício. Isso é fundamental para avaliar se a pessoa não possui nenhum tipo de problema nas articulações, nos músculos ou nos ossos, e se está bem de saúde de maneira geral. Além disso, é importante fazer atividades com orientação de profissionais especializados.

Deste total de lesões, cerca de 90% chegam ao consultório por causa de atividades físicas exageradas ou inadequadas. A maior parte dos casos (70%) são: lesões musculares em segundo lugar: as torções nos joelhos ou nos tornozelos, em terceiro lugar: aparecem os problemas de coluna, e atendimento do nervo ciático comprimindo músculo piriforme com inflamação generalizada.

O exame clínico está baseado na tríade patológica: queixas de dores localizadas, dores na contração isométrica e à palpação. O exame da ultra-sonografia complementaria o diagnóstico.

Consideramos as lesões musculares distribuídas em dois grupos distintos: lesões produzidas por fatores causais extrínsecos e intrínsecos. As lesões produzidas por fatores extrínsecos são as contusões e intrínsecos, as lesões sem rupturas e com rupturas de fibras musculares. As lesões produzidas por fatores intrínsecos, sem rupturas de fibras musculares, são as cãimbras, a contratura muscular e o estiramento muscular. As lesões produzidas por fatores intrínsecos, com rupturas de fibras musculares, são rupturas parciais e rupturas totais.

Causas extrínsecas: Quando um agente mecânico atua de maneira inesperada sobre os tecidos do segmento corporal de forma direta ou tangencial e vence sua resistência, o agente traumático é a causa da lesão que chamamos de contusão.Causas Intrínsecas: Quando os tecidos musculares, tendões e nervos se rompem parcialmente internamente de forma inesperada.

Em atletas entre 30 e 50 anos com treinamento com cargas excessivas de exercícios físicos, produzindo trações musculares repetidas, provoca estiramentos de inserções, como, por exemplo, epifisiolises em extremidades inferiores, estiramentos da tuberosidade anterior da tíbia, arrancamentos da tuberosidade isquiática e estiramentos das apófises espinhosas da coluna durante um simples treino de final de semana com os amigos.

O treinamento intensivo produz alterações no plano do músculo e das suas inserções nos núcleos de ossificação secundários, que são vulneráveis a uma força de tração de um músculo-tendão hipertrofiado.

Nas atividades esportivas, existe uma permanente preocupação com o atleta de alto nível, no planejamento de treinamento e na manutenção do estado atlético, durante a temporada.

As contusões serão divididas em leves, moderadas e graves, produzidas pelo trauma direto.
Na contusão leve, as dores são localizadas no pronto do trauma direto, mas não dificultam a mobilização do joelho. Usualmente, a crioterapia permite uma analgesia imediata no atendimento de emergência, permitindo que o atleta continue a participar da competição. Na evolução do quadro clínico, 12 horas após o acidente, as dores são mais intensas e a marcha é claudicante.

Na contusão moderada,as dores são intensas, localizadas, mas com algum sinal de difusão, aumento pronunciado da coxa, postura antálgica em semiflexão do joelho, com amplitude de movimento menor que 90°. O atleta deve ser retirado do campo de competição e a deambulação será permitida com auxílio de muletas canadenses.

Na contusão grave,as dores são intensas, localizadas, com algum sinal de difusão, impotência funcional e postura antálgica, com mobilidade do joelho menor do que 45°. O atleta deve ser retirado imediatamente do campo de competição com auxílio de maca; iniciamos o tratamento com um período de observação de 12-24 horas. Nesse espaço de tempo, o músculo afetado aumenta de volume, tornando-se visível a identificação da topografia muscular à palpação; nota-se ainda um grande endurecimento nessa região.

Os fatores de produção da lesão são diversos e necessitamos saber dos seguintes detalhes da história clínica: o estado de condicionamento físico do atleta se sofreu a lesão no início ou no final da competição, como foi feito o aquecimento, condições climáticas e o estado de equilíbrio emocional. No esporte individual, (ex:Tenis) é importante saber se o adversário era muito superior atleticamente e, no esporte coletivo, (ex:Futebol) se o atleta lesionado foi muito exigido no campo da competição.

Publicações mais recentes têm mostrado a evolução das pesquisas laboratoriais, nas alterações bioquímicas em nível celular, permitindo uma associação de sinais clínicos, para se chegar a uma classificação que permita um tratamento adequado e uma evolução favorável, com diminuição do período de inatividade do atleta lesionado.

Devemos fazer sempre um estudo clínico minucioso de cada lesão, com observações práticas anotadas na evolução diária, interpretando e valorizando os meios de pesquisa clínica e laboratorial que nos ofereceram as melhores condições para um diagnóstico.

Cabe aos profissionais: Ortopedista, juntamente com o Massoterapeuta e o educador físico responsável, uma atenção especial multidisciplinar com o atendimento das lesões, porém, quando ocorrem, ultrapassada a etapa de diagnóstico e tratamento imediato, existe a necessidade de um critério clínico mais criterioso para prognóstico de retorno aos treinamentos. O afastamento do atleta da competição (por pouco tempo) impedirá o agravamento da lesão e permitirá o início do tratamento.

Importante: tratar toda a contusão com gelo imediatamente por 30 minutos.

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