Peter Strubreiter já está há dois anos no Brasil
Peter Strubreiter, que trabalha com massoterapia, veio para o Brasil por causa da namorada mas se adiantou e mandou currículo para a Confederação de Judô; ganhou o emprego e vai para Londres com os atletas brasileiros. Lucio Mattos/CBJ
Tem austríaco na beira do tatame da equipe de judô que até já virou brasileiro: Peter Strubreiter, de 31 anos, já em sua segunda temporada no país, que trabalha com massoterapia. É ele o responsável pelo equilíbrio de articulações, mas também de pontos de energia no corpo dos atletas que se preparam para a Olimpíada de Londres (entre 27 de julho e 12 de agosto).
Peter explica que a técnica, que estudou por três anos na cidade de Linz, soma aspectos físicos e energia.
- Passei a me interessar pela massoterapia por minha causa mesmo, depois de várias operações e muita fisioterapia. Lutava na categoria -66 kg e passei por uma cirurgia em cada joelho, problemas no tornozelo, no ombro. Assim, ,, .
Nadador, judoca, velejador: dor é “diferente” para cada um
Formado, o ex-judoca passou a trabalhar em clínica e logo foi chamado por equipes de alto nível. Assim, acumula experiência com atletas de natação, de vela e de judô. E percebeu algumas características interessantes, em relação aos atletas desses esportes.
- O nadador é mais sensível, vamos dizer assim. Não estão acostumados com contato, com pancada, e assim uma coisa pequena se torna muito grande, se compararmos com os outros. Eles não têm essa rotina de dor que, para eles, é diferente. Os judocas têm machucados mais graves – e em todo lugar: é tornozelo, é joelho, ombro, pescoço… cotovelo… Os velejadores também são muito “quebrados” – fora que quando o vento é pouco ficam muito tempo parados em uma mesma posição e o desgaste muscular é muito grande!
Ativando e desativando pontos
A tensão aparece principalmente às vésperas das competições e é preciso ativar – e desativar – pontos de energia, para conseguir equilíbrio.
- Por exemplo: em determinados momentos a energia vai toda para coração e rins, por uma questão de “sobrevivência”. É preciso que seja mais distribuída – lembrando que no esporte de alto nível os detalhes são fundamentais.
O austríaco veio para o Brasil por causa da namorada – mas se adiantou e enviou currículo para a CBJ (Confederação Brasileira de Judô). Ganhou o emprego e segue neste ciclo olímpico. Vai para Sheffield junto com os judocas – a equipe brasileira ficará fora da Vila Olímpica por melhor concentração.
- É verdade que os brasileiros são mais abertos, no geral, em relação a técnicas paralelas que ajudam na preparação. Mas também acho que ter sido judoca facilitou que se interessassem pelo trabalho.
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